No comunicado, os advogados Cristiano Zanin e Vanessa Zanin afirmaram ser "histórica" a decisão do STF e relembraram a prisão do ex-presidente em 2018
No comunicado, os advogados Cristiano Zanin e Vanessa Zanin afirmaram ser "histórica" a decisão do STF e relembraram a prisão do ex-presidente em 2018 Reprodução
Por IG - Último Segundo
Rio - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou a decisão da segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que deferiu o habeas corpus para considerar o ex-juiz Sérgio Moro parcial em processos julgados no âmbito da Operação Lava Jato. Em nota, os advogados de Lula afirmaram que a decisão "fortalece o sistema de Justiça no Brasil". 
Nesta terça-feira (23), a suprema corte decidiu, por 3 votos a 2, que Moro foi parcial nas condenações impostas ao ex-presidente. Entre as justificativas dos ministros, está o vazamento de conversas em aplicativo de mensagens obtidas por hackers, as argumentações do magistrado para condenar Lula e os moldes da condução coercitiva imposta ao ex-presidente em abril de 2016.
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No comunicado, os advogados Cristiano Zanin e Vanessa Zanin afirmaram ser "histórica" a decisão do STF e relembraram a prisão do ex-presidente em 2018.
"É histórica e revigorante para o Estado de Direito e para o devido processo legal a decisão proferida hoje pela 2ª. Turma do Supremo Tribunal Federal, concedendo a ordem de habeas corpus que pleiteamos em favor do ex-presidente Lula em 05/11/2018 perante aquela Corte para reconhecer a suspeição do ex-juiz Sergio Moro", apontou a nota.
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"Da mesma forma, o ex-presidente Lula, nosso constituinte, foi alvejado por inúmeras ilegalidades praticadas pelo ex-juiz Sergio Moro, em clara prática de lawfare, ou seja, por meio do uso estratégico das leis para fins ilegítimos", ressaltou a defesa.
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O julgamento
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Após o pedido de vistas do ministro Kássio Nunes Marques no último dia 8 de março, a segunda turma do STF retomou o julgamento sobre a suspeição de Sérgio Moro . Até então, o placar estava empatado, o que favorecia o magistrado.
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Nunes Marques diferiu do relator, Gilmar Mendes, e votou a favor de Moro. Mas a mudança de voto da ministra Cármen Lúcia mudou o cenário do julgamento e decretou a parcialidade do ex-juiz em processos contra Lula no âmbito da Operação Lava Jato.

"O que se impõe é algo para mim basilar: todo mundo tem direito a um julgamento justo, aí incluída a imparcialidade do julgador", afirmou.