O uso indiscriminado do paracetamol pode levar a eventos adversos graves, incluindo hepatite medicamentosa e morte
O uso indiscriminado do paracetamol pode levar a eventos adversos graves, incluindo hepatite medicamentosa e morteMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por O Dia
Na noite desta sexta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido para autorização de estudo da vacina ButanVac, produzida pelo Instituto Butantan. Também nesta sexta o instituto divulgou que o novo insumo já está em desenvolvimento e uma produção piloto foi finalizada para atender os voluntários dos testes.
Em nota, a agência informou que recebeu o pedido para realização de estudo fase 1 e 2 da vacina Butanvac. Segundo os procedimentos, a Anvisa irá analisar a proposta do estudo, o número de participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos que são realizados em laboratório e animais.
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A vacina será produzida integralmente no Brasil, sem depender de importação. Isso ocorre porque a fábrica de Influenza do Butantan pode produzir o insumo utilizando a tecnologia de vacina inativada com base em ovo. 
Segundo Ricardo Palacios, diretor médico de pesquisa clínica do instituto, a nova vacina terá perfil alto de segurança. “Nós sabemos produzir a ButanVac, temos tecnologia para isso e sabemos que vacinas inativadas são eficazes contra a Covid-19. Poder entregar mais vacinas é o que precisamos em um momento tão crítico”, explica.
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A iniciativa faz parte de um consórcio internacional em que o instituto é o principal produtor, com 85% da capacidade total de produção, e tem o compromisso de fornecer a vacina ao Brasil e a países de baixa e média renda.
"A pesquisa será realizada de acordo com os mais altos padrões internacionais éticos e de qualidade. Os resultados vão determinar se a vacina é segura e tem resposta imune capaz de prevenir a Covid-19", disseram, em nota. 
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CoronaVac
O desenvolvimento da ButanVac não afetará a parceria do Butantan com a Sinovac, nem causará alterações no cronograma de envio de insumos da China para a CoronaVac – vacina sendo produzida atualmente pelo instituto contra a Covid-19. De acordo com o presidente do Butantan, Dimas Covas, a tecnologia utilizada na ButanVac é uma forma de aproveitar o conhecimento adquirido com o desenvolvimento da CoronaVac.

De acordo com o médico, será possível entregar à população a vacina brasileira ainda neste ano. “Após o final da campanha de produção da Influenza, que termina em maio, podemos iniciar imediatamente a produção da ButanVac. Atualmente, nossa fábrica envasa a Influenza e a CoronaVac. Estamos em pleno vapor”, diz o presidente.

O instituto entende a necessidade de ampliar a capacidade de produção de vacinas contra o coronavírus e da urgência do Brasil e de outros países em desenvolvimento de receberem o produto de uma instituição com a credibilidade do Butantan. Por conta do panorama global, o instituto abriu o leque de opções para oferecer, ao Ministério da Saúde e aos governos, mais uma forma de contribuir no controle da pandemia.