Com UTIs lotadas e fila de espera por vagas no Estado, pacientes graves têm ficado internados entubados em leitos que não são de terapia intensiva em UPAs e prontos-socorros paulistas
Com UTIs lotadas e fila de espera por vagas no Estado, pacientes graves têm ficado internados entubados em leitos que não são de terapia intensiva em UPAs e prontos-socorros paulistasErlon Rodrigues/PC-AM
Por O Dia
O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ofício ao Secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação do Ministério da Economia solicitando medidas urgentes sobre a crise do abastecimento de oxigênio. Procuradores da República na Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe alertam sobre a situação de risco com a falta do produto no sistema de saúde.
No ofício, os procuradores solicitam ao Ministério da Economia que informe as medidas adotadas, em conjunto com o Ministério da Saúde, e também com o setor produtivo industrial. Dessa forma, querem analisar a produção e disponibilidade do oxigênio para fins medicinais. O prazo para resposta é de três dias. 
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Em reuniões realizadas na última semana com fabricantes e distribuidores de oxigênio ao sistema de saúde de diversos estados, o MPF verificou a necessidade de adotar medidas de contingência, tais como o direcionamento da produção para o atendimento dos serviços de saúde, reduzindo o abastecimento de alguns setores industriais em casos que não importem risco de segurança e impacto no fornecimento de insumos e serviços para a própria assistência à saúde.
Os membros do MPF expõem a situação concreta de colapso nos serviços de saúde e de escassez de gás oxigênio hospitalar, observada e amplamente divulgada em data recente na cidade de Manaus, no Amazonas. Também relatam a situação crítica do abastecimento informada pelo Ministério da Saúde nos estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso, Amapá, Ceará e Rio Grande do Norte, e de atenção no Pará, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
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O MPF apontou que o risco de falta de oxigênio nos hospitais levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a decidir monitorar a produção e distribuição do gás. A situação também foi levada ao conhecimento da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, cuja atuação abrange a defesa do consumidor, da concorrência e da regulação da atividade econômica, solicitando a colaboração do órgão para solução do problema.