Publicado 03/03/2021 10:24 | Atualizado 03/03/2021 10:25
São Paulo - A médica veterinária Priscyla Andrade, de 31 anos, morreu hoje no Recife, em Pernambuco, após 12 dias internada com suspeita de ter contraído a Síndrome de Haff, é também conhecida como doença da urina preta. A morte foi confirmada pela mãe da vítima, a empresária Betânia Andrade, em uma rede social.
Ela estava internada em um hospital particular da capital pernambucana desde o dia 17 de fevereiro. "Priscyla, o céu hoje estará te recebendo com muita luz na casa do pai e aqui jamais esqueceremos a sua humildade, caráter da sua eficiência profissional, meiga, linda, alegre, sorridente e cheia de luz. Seu sorriso vai ficar na minha memória eternamente. Seus pais, irmãos, sobrinhos, Matheus, parentes e amigos. Deus te recebe de braços abertos minha filha linda", declarou Betânia Andrade.
De acordo com a família da vítima, médica e a irmã Flávia Andrade, deram entrada no hospital dois dias após ingerir o peixe de espécie Arabaiana. Os sintomas eram de aumento da pressão arterial e dores musculares. Flávia recebeu alta no dia 24 de fevereiro, enquanto Pryscila seguiu internada na UTI.
"Tive o primeiro consumo desse peixe uma semana antes da sexta-feira de carnaval a uma pessoa conhecida. Me senti mal, as empregadas também se sentiram mal, com dor de coluna, estômago, dores abdominais, mas não demos importância. Não foi uma dor tão intensa quanto a dor que sentimos na segunda vez que consumimos o peixe. No segundo consumo, além de mim e das secretárias, meu filho comeu o peixe e Priscyla também. Quando fomos socorrer Priscyla, que estava com fortes dores e não conseguia se mexer de tanta dor, eu também comecei a sentir os sintomas. Fiquei com os movimentos da nuca até o quadril paralisados. Socorremos Pricyla, eu fui medicada e voltei para casa, e Priscyla foi para a UTI", contou a empresária e irmã Flávia Andrade, de 36 anos, em vídeo publicado nas redes sociais na última quinta-feira.
O que é a Síndrome de Haff?
A doença de Haff é uma síndrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação, e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, além da urina cor de café, associada a elevação sérica de da enzima CPK, associada a ingestão de pescados.
A doença de Haff é uma síndrome de rabdomiólise (ruptura de células musculares) sem explicação, e se caracteriza por ocorrência súbita de extrema dor e rigidez muscular, dor torácica, falta de ar, dormência e perda de força em todo o corpo, além da urina cor de café, associada a elevação sérica de da enzima CPK, associada a ingestão de pescados.
A doença pode evoluir rapidamente para insuficiência renal e pode levar a morte caso não seja tratada.
Especialistas apontam que os sintomas da doença surgem entre duas a 24 horas após o consumo de peixe ou crustáceos bem cozidos, mas contaminados. Os principais são dor e rigidez nos músculos, que é muito forte e surge de repente, urina muito escura, marrom ou preta, semelhante à cor do café, dormência ou perda da força.
Especialistas apontam que os sintomas da doença surgem entre duas a 24 horas após o consumo de peixe ou crustáceos bem cozidos, mas contaminados. Os principais são dor e rigidez nos músculos, que é muito forte e surge de repente, urina muito escura, marrom ou preta, semelhante à cor do café, dormência ou perda da força.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), Pernambuco registrou, entre 2017 e 2021, 15 casos da doença, sendo dez confirmados (quatro em 2017 e seis em 2020) e cinco em investigação (em 2021).
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