Publicado 03/03/2021 17:13 | Atualizado 03/03/2021 17:22
Um dia depois de o Brasil ter registrado recorde de mortes por covid-19, o presidente Jair Bolsonaro disse que a imprensa está criando "pânico" na população e se queixou de medidas de restrição e lockdown adotadas para conter a disseminação de covid-19. Desde o início da pandemia, há um ano, o maior número diário de mortes (1.726) foi verificado nesta terça-feira, 2. Além disso, o País já ultrapassa a marca de 257 mil vidas perdidas em decorrência da doença.
"Para a mídia, o vírus sou eu", disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada. "Criaram o pânico. O problema está aí, lamentamos, mas você não pode viver em pânico. Que nem a política, de novo, do 'Fique em Casa'. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?", perguntou.
Apesar dos problemas constatados até agora, o presidente afirmou que o Brasil é, "em valores absolutos", o País que mais tem vacinado a população. A informação, no entanto, não é correta. De acordo com dados do site Our World in Data, o Brasil aparece em quarto no ranking de países que aplicou ao menos uma dose da vacina. Ao comparar proporcionalmente pela tamanho de cada população, o Brasil ficar em 17º. Destacou, ainda, que o País deve contar com mais 22 milhões de doses de vacina neste mês e outras 40 milhões em abril.
O foco nas vacinas marca uma mudança de discurso de Bolsonaro, que, no ano passado, questionava sua eficácia e segurança. Recentemente, no entanto, o presidente tem dado declarações favoráveis à imunização. Em 8 de fevereiro, por exemplo, ele atribuiu à vacinação as maiores chances de retomada da economia.
"O País está mais avançado nisso. Assinei no ano passado uma MP (medida provisória) deixando R$ 20 bilhões para comprar a vacina Então, nós estamos fazendo o dever de casa", afirmou.
Spray
Bolsonaro disse que uma comitiva com dez integrantes do governo embarcará no próximo sábado à noite para Israel, para tratar da adesão aos testes de um medicamento em spray (EXO-CD24), usado para tratar pacientes com covid-19. A comitiva deve ser recebida pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
"As primeiras informações (sobre o remédio) são as melhores possíveis. Então, vamos ver se a gente consegue assinar o acordo e começar a aplicar a terceira fase (de testes do medicamento) no Brasil. E é para quem está em estado grave. Então dificilmente alguém vai, no meu entender, se opor a esse tratamento", observou. Nesta terça-feira, 2, o presidente disse que o spray parecia um "produto milagroso", mas admitiu desconhecer sua eficácia. "Como é para ser usado em quem está hospitalizado, quem está em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), eu acho que não tem problema nenhum em usar esse spray no nariz do cara", comentou.
Após desistir de fazer um pronunciamento em rede nacional, na noite desta terça, Bolsonaro avisou que abordará o assunto da vacinação na sua próxima aparição em rede nacional de rádio e TV Embora Bolsonaro não tenha feito pronunciamento, alguns pontos do País registraram panelaços no horário previsto para ele entrar no ar.
"O assunto (do pronunciamento), quando tiver, vai ser a pandemia, vacinas", disse o presidente. Questionado sobre a data do pronunciamento, Bolsonaro evitou dizer: "Vai ficar a dúvida aí".
"Para a mídia, o vírus sou eu", disse Bolsonaro, em conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada. "Criaram o pânico. O problema está aí, lamentamos, mas você não pode viver em pânico. Que nem a política, de novo, do 'Fique em Casa'. O pessoal vai morrer de fome, de depressão?", perguntou.
Apesar dos problemas constatados até agora, o presidente afirmou que o Brasil é, "em valores absolutos", o País que mais tem vacinado a população. A informação, no entanto, não é correta. De acordo com dados do site Our World in Data, o Brasil aparece em quarto no ranking de países que aplicou ao menos uma dose da vacina. Ao comparar proporcionalmente pela tamanho de cada população, o Brasil ficar em 17º. Destacou, ainda, que o País deve contar com mais 22 milhões de doses de vacina neste mês e outras 40 milhões em abril.
O foco nas vacinas marca uma mudança de discurso de Bolsonaro, que, no ano passado, questionava sua eficácia e segurança. Recentemente, no entanto, o presidente tem dado declarações favoráveis à imunização. Em 8 de fevereiro, por exemplo, ele atribuiu à vacinação as maiores chances de retomada da economia.
"O País está mais avançado nisso. Assinei no ano passado uma MP (medida provisória) deixando R$ 20 bilhões para comprar a vacina Então, nós estamos fazendo o dever de casa", afirmou.
Spray
Bolsonaro disse que uma comitiva com dez integrantes do governo embarcará no próximo sábado à noite para Israel, para tratar da adesão aos testes de um medicamento em spray (EXO-CD24), usado para tratar pacientes com covid-19. A comitiva deve ser recebida pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
"As primeiras informações (sobre o remédio) são as melhores possíveis. Então, vamos ver se a gente consegue assinar o acordo e começar a aplicar a terceira fase (de testes do medicamento) no Brasil. E é para quem está em estado grave. Então dificilmente alguém vai, no meu entender, se opor a esse tratamento", observou. Nesta terça-feira, 2, o presidente disse que o spray parecia um "produto milagroso", mas admitiu desconhecer sua eficácia. "Como é para ser usado em quem está hospitalizado, quem está em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), eu acho que não tem problema nenhum em usar esse spray no nariz do cara", comentou.
Após desistir de fazer um pronunciamento em rede nacional, na noite desta terça, Bolsonaro avisou que abordará o assunto da vacinação na sua próxima aparição em rede nacional de rádio e TV Embora Bolsonaro não tenha feito pronunciamento, alguns pontos do País registraram panelaços no horário previsto para ele entrar no ar.
"O assunto (do pronunciamento), quando tiver, vai ser a pandemia, vacinas", disse o presidente. Questionado sobre a data do pronunciamento, Bolsonaro evitou dizer: "Vai ficar a dúvida aí".
Leia mais
Comentários