Novo ministro da Justiça, Anderson Torres
Novo ministro da Justiça, Anderson TorresDivulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, delegado Anderson Torres, deve trocar o comando da Polícia Federal, posto atualmente ocupado por Rolando Alexandre de Souza. A mudança teve o aval do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Ainda não há definição sobre o futuro chefe da PF. Mas é certa a mudança. Nos bastidores da corporação já circulam nomes para a sucessão.

Próximo do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Torres assumiu o MJSP na semana passada - uma das seis trocas feitas pelo presidente em postos estratégicos do primeiro escalão do governo.

Em março, Rolando determinou algumas mudanças em superintendências regionais, como a troca no comando da corporação em São Paulo, onde o delegado Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho deu lugar a Dennis Cali.

A instituição passou por um período de forte turbulência no ano passado, quando a queda do então diretor-geral, delegado Mauricio Valeixo, foi exigida pelo presidente e acabou sendo o pivô da renúncia do ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro, em abril.
"Não é fácil e não é um Ministério complicado, mas é um ministério que tem muita responsabilidade. Abaixo de você, ali, diretamente subordinada entre outras, né, a sua própria Polícia Federal", disse Bolsonaro nesta manhã.

Advertências de ingerência na PF, em abril do último ano, feitas pelo ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro, levaram à demissão do ex-magistrado. À época, Bolsonaro pressionava pela troca no comando da Polícia Federal, o que, segundo Moro, poderia levar a "relações impróprias".

Segundo Bolsonaro, durante cerimônia hoje, "é natural as mudanças". "E a gente sabe que você Torres, todas as mudanças que efetuará no seu Ministério é sic para melhor adequá-lo ao objetivo, ao qual você traçou. Você quer o Ministério da Justiça o mais focado possível para o bem de todos em nosso país". 
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