A indicação de militares para ministérios e cargos relevantes no governo federal atingiu níveis inéditos na gestão de Jair Bolsonaro desde o fim da ditadura militar.
A indicação de militares para ministérios e cargos relevantes no governo federal atingiu níveis inéditos na gestão de Jair Bolsonaro desde o fim da ditadura militar.reprodução
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar governadores nesta quinta-feira, 15, durante visita em Aparecida, em São Paulo. Segundo ele, a "mesquinhez" de alguns chefes estaduais durante a pandemia da covid-19 foi "mais grave" do que a própria crise sanitária.
"A gente pede a Deus que volte a normalidade o mais breve possível", disse em live divulgada no Facebook. "Só assim o Brasil pode realmente caminhar com suas pernas e voltar àquele Brasil tão sonhado por nós há pouco tempo e que teve esse problema da pandemia, mas mais grave que a pandemia foi a mesquinhez de alguns governadores pelo Brasil", afirmou.
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Ao lado do prefeito de Aparecida, Luiz Carlos de Siqueira (Podemos), Bolsonaro reforçou sua defesa contra as medidas de fechamento adotadas para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. O presidente argumentou que a cidade "em grande parte vive dos peregrinos", por meio do turismo religioso. "Com a política de 'fecha tudo' a cidade sofreu um grande golpe", citou.
Na transmissão ao vivo, o chefe do Executivo defendeu o retorno da normalidade e fez críticas indiretas à gestão do seu desafeto político, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O Estado está na fase vermelha do Plano São Paulo desde segunda-feira, 12.
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"Não tem como você viver sem emprego e sem economia. E aos medíocres falta essa visão. São Paulo é um Estado que está sofrendo muito com isso porque falta coragem, falta determinação e falta políticos aqui pensarem mais no todo e não no particular", disse. O presidente disse ainda que "no que depender do governo federal" o Brasil brevemente voltará à normalidade.