Equipe de socorro na porta da unidade, no município de Saudades
Equipe de socorro na porta da unidade, no município de SaudadesReprodução de vídeo
Por O Dia
Segundo boletim médico, o bebê de 1 ano e oito meses, que ficou ferido durante o ataque à creche em Saudades (SC), apresenta quadro clínico estável, e recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional do Oeste, em Chapecó na tarde desta quarta-feira (5). Nesta terça-feira (4), ele passou por uma cirurgia. A vítima teve ferimentos na bochecha, lábios, barriga e pulmões.
O jovem, de 18 anos, apontado como autor do crime, está internado na mesma unidade de saúde. O hospital informou que o paciente está sedado, em recuperação ao pós-operatório. Depois de invadir a creche e atacar as vítimas, na manhã desta terça-feira, o rapaz desferiu golpes também contra o próprio pescoço, além de abdome e tórax, conforme informou o Corpo de Bombeiros.
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Investigação
O delegado regional de Polícia Civil de Chapecó, Ricardo Casagrande, informou que a investigação está a cargo da Polícia Civil da Comarca de Pinhalzinho, que aguarda a eventual liberação médica para colher o depoimento do jovem.

A polícia diz que o homem foi à creche Pró-Infância Aquarela, no centro da cidade, de bicicleta, por volta das 10h de ontem. Ao entrar no estabelecimento, ele começou a atacar uma professora de 30 anos que, mesmo ferida, correu para uma sala onde estavam quatro crianças e uma funcionária da escola, na tentativa de alertar sobre o perigo. O rapaz, então, atacou os alunos e a funcionária da escola. Duas meninas de menos de dois anos e a professora morreram no local. Outra criança e a funcionária morreram no hospital.

Segundo a polícia, a ação foi planejada. "O crime foi premeditado, ele chegou de bicicleta na creche, com uma mochila nas costas, uma professora o abordou e ele começou a atacá-la com golpes de facão nas costas. O jovem seguiu a professora até uma sala onde atacou também a outra funcionária auxiliar e mais quatro crianças com menos de dois anos", afirmou delegado Jerônimo Marçal Ferreira a uma emissora de rádio.

"Ele ainda está em uma situação precária de saúde. Estou monitorando a situação dele. Assim que for possível eu vou interrogá-lo, se for possível, se ele sobreviver", disse o delegado Ferreira, que também acompanha o caso.