Diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas
Diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Por IG - Último Segundo

Rio - Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, participou nesta quinta-feira da entrega de um novo lote de vacinas para o Ministério da Saúde e revelou que o posicionamento do governo federal, em relação a China, atrapalha as negociações para novas importações de insumos da Coronavac. O material é parte fundamental para a produção de novas doses.

Quando questionado sobe a declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), que declarou na última quarta-feira (05) que o novo coronavírus poderia ter sido produzido em laboratórios chineses, Covas ressaltou que estas declarações sempre causam repercussão.
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"Embora a embaixada diga que não há problema, mas a nossa sensação é a de que existe dificuldade. Burocracia mais lenta e autorizações mais reduzidas de volumes. Então, obviamente, essas declarações impactam", disse o diretor do Instituto Butantan.
Na sequência, Dimas ressaltou que há a possibilidade de paralisação na produção de novas vacinas em decorrência da falta de insumos para a Coronavac.
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Covas explicou que será entregue "até o dia 14 os cinco milhões de doses restantes, produzidas com o IFA [ingrediente farmacêutico ativo] entregue anteriormente e após isso, não temos mais matéria prima para processar. Vai faltar. Pode faltar? Pode faltar. E podemos atribuir isso ao governo federal que vem remando contra".
Oposição de Covas reúne assinaturas e vai pedir CPI da Covid na capital paulista. A expectativa do Instituto Butantan é de que na próxima semana sejam realizadas mais três entregas ao Ministério da Saúde, com 4,1 milhões de doses da Coronavac - vacina contra o novo coronavírus.
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