"Não vejo motivo nenhum para uma convocação tão estapafúrdia como essa. Não acredito que ela venha a acontecer", afirmou.
"Esse ministro, ele não soube nem olhar para o calendário [de vacinação] para falar 'puxa, não tem vacina sendo comercializada no mundo...'. Eu só posso lamentar. O ministro da Economia não ajudou em nada, pelo contrário. Só ligava e falava 'já mandei o dinheiro, se virem, agora vamos tocar a economia", disparou.
A equipe econômica está proibida de tocar no assunto, mas alguns deles confessam que Guedes ficou bastante incomodado com as declarações de Mandetta e que, caso tenha que depor, ele precisará passar por algum tipo de treinamento.
Nas últimas semanas, Guedes tem disparado frases polêmicas que, na maioria das vezes, depuseram contra ele.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, o senador Ciro Nogueira criticou a gestão econômica de Guedes e sua relação com o Congresso, em especial no caso da sanção do Orçamento. Nogueira diz não defender a saída de Guedes do governo, mas não rejeita a possibilidade.
" Ele não é insubstituível . Se ele morrer o país acaba? Não. Ninguém é insubstituível", afirmou.
Na mesma reunião, Guedes criticou o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que, segundo ele, ofereceu bolsas de estudos em faculdades particulares "para quem não tinha a menor capacidade. Não sabia ler, escrever. Botaram todo mundo. Exageraram. Foi de um extremo ao outro", afirmou.
Ele também afirmou que que não foi a pandemia que tirou a capacidade de atendimento do setor público, mas sim "o avanço na medicina " e "o direito à vida''.
"Todo mundo quer viver 100 anos, 120, 130 ", disse. Segundo ele, "não há capacidade de investimento para que o Estado consiga acompanhar" a busca por atendimento médico crescente.
"Vocês deputados deveriam respeitar, não pode ter crime de opinião", respondeu, ao se explicar sobre a fala do "vírus fabricado na China", da qual já havia tentado se retratar publicamente.
“Estão fazendo assassinato de reputação, virou uma espiral de ódio, todo mundo destrói a biografia de todo mundo", disse o ministro.