Tem gente desempregada passando fome porque reduziram o auxílio emergencial. Tem gente sendo despejada por não conseguir pagar o aluguel", afirmou Guilherme Boulos.
Tem gente desempregada passando fome porque reduziram o auxílio emergencial. Tem gente sendo despejada por não conseguir pagar o aluguel", afirmou Guilherme Boulos.Taba Benedicto/Parceiro/Agência O Dia
Por iG
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) realiza um ato nesta sexta-feira (7) pedindo o retorno do auxílio emergencial ao valor de R$ 600. O grupo bloqueou rodovias em oito estados e também pede a volta dos investimentos em moradia popular que foram cortados no orçamento deste ano, além da suspensão imediata dos despejos durante a pandemia .

De acordo com Leonardo Sakamoto, do UOL, os bloqueios acontecem em:
- São Paulo (na avenida Tiradentes, na ponte Eusébio Matoso e na ligação da rodovia Anchieta com avenida das Juntas Provisórias);
- Porto Alegre (avenida Sertório);
- Aracaju (avenida Heráclito Rollemberg);
- Maceió (avenida Menino Marcelo);
- Recife (BR-101);
- Diamantina (no centro);
- Goiânia (cruzamento da avenida Anhanguera com a avenida Goiás);
- Rio de Janeiro, em local a confirmar.

"Ninguém aguenta mais. Chegou o limite. Tem gente desempregada passando fome porque reduziram o auxílio emergencial. Tem gente sendo despejada por não conseguir pagar o aluguel", afirmou Guilherme Boulos, coordenador nacional do movimento, ao colunista.
"Esse novo auxílio pago pelo governo não dá nem para comprar uma cesta básica. A inflação está lá em cima, com o arroz, o feijão, o óleo de soja muito caros. O brasileiro não come mais mistura, nem consegue botijão de gás - tem gente que voltou a cozinhar a lenha", diz. "Estamos nessa manifestação, que é pacífica, por que não dá mais para ficar parado", completou Débora Lima, coordenadora estadual do MTST em São Paulo, que está no bloqueio da avenida Tiradentes.
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O grupo também contesta a decisão orçamentária de cortar 98% das verbas destinadas às moradias populares. Do R$ 1,5 bilhão previsto, sobraram R$ 27 milhões para o programa Minha Casa Minha Vida, rebatizado de Casa Verde Amarela.

Guilherme Boulos disse que as manifestações de hoje são o início de um processo de retomada de luta do movimento social.