"Quem não deve, não teme. Não foge de CPI nem do COAF", afirmou o governador na publicação.
"Quem não deve, não teme. Não foge de CPI nem do COAF", afirmou o governador na publicação.Estadão Conteúdo
Por O Dia
Rio - Nesta quarta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, ligou para o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, para fazer um apelo pedindo ao país que libere a exportação de insumos para a produção da vacina Coronavac. Em uma rede social, além de relatar o telefonema, Doria associou o cenário de dificuldades de importação do IFA à declarações do governo federal. 
"Acabo de conversar por telefone com o embaixador da China no Brasil, @WanmingYang, pedindo a liberação de mais insumos para a produção da Coronavac. Me solidarizei e lamentei as declarações desastrosas feitas por membros do Governo Federal sobre a China", escreveu o governador. 
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"É o país que mais está ajudando a salvar a vida dos brasileiros, já que tanto a Coronavac, como a AstraZeneca dependem de insumos produzidos na China", acrescentou.
Segundo Doria, "o governo federal deve um pedido de desculpas ao governo chinês pelo desrespeito ao país que está ajudando o Brasil a vencer a pandemia e salvar vidas".
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Risco na produção de vacinas
Ainda nesta quarta-feira, o governador paulista afirmou que o Instituto Butantan está prestes a paralisar a produção de vacinas por falta de insumos. Em coletiva, ele novamente atribuiu o atraso na importação às atitudes do governo do presidente Jair Bolsonaro. 
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"Ainda não temos a liberação desses insumos, o que nos deixa muito preocupados, pois estamos chegando ao final da entrega, na próxima sexta-feira, das doses com os insumos que recebemos 17 dias atrás. Se não recebermos mais insumos, teremos que parar a produção por falta de insumos", afirmou. 
Na última semana, Bolsonaro insinuou que o coronavírus teria sido criado pela China, por conta de uma suposta "guerra química". 
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"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou se nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí, os militares sabem que o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês. O que está acontecendo com o mundo todo, com sua gente e com o nosso Brasil?", disse o presidente.