Publicado 17/05/2021 08:20
Rio - Ao assumir o comando da cidade de forma definitiva menos de cinco meses após a posse como vice, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) terá pela frente três anos e sete meses para criar e apresentar à população seu modo de governar. Sem pressa, segundo ele. A única meta definida neste momento é a de não promover grandes mudanças na equipe nem nos projetos em andamento.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, Nunes reforçou que vai dar continuidade à gestão de Bruno Covas. "A eleição PSDB/MDB, liderada pelo Bruno, apresentou as nossas propostas para cidade e vou somente dar continuidade. Trabalhar muito, junto à nossa equipe, para honrar a memória do Bruno, nosso grande líder. Força, Foco e Fé", ressaltou Nunes, citando o slogan eleitoral que virou marca do tucano.
Assim como os auxiliares mais próximos, Nunes, que é ex-vereador, sabia que Covas (PSDB) havia entrado na fase de tratamento paliativo contra o câncer. Não se falava mais em cura, mas em sobrevida. O avanço rápido da doença nas últimas semanas, no entanto, pegou todos de surpresa e acelerou o processo de transição.
Respeitado na Câmara Municipal, onde cumpriu dois mandatos, mas classificado como "inexperiente" para a nova função, Nunes diz ter como "trunfo" o conhecimento, em detalhes, das contas municipais. Quando parlamentar, participou da elaboração de sete das oito leis orçamentárias aprovadas no período, além de CPIs com foco fiscal.
Considerado conservador e mais à direita no espectro político do que Covas, o novo prefeito pretende em forte ligação com a Igreja Católica. A proximidade deve ajudar na construção de parcerias que pretende firmar com entidades religiosas para convencer usuários da cracolândia a aceitar tratamento e moradores de rua a desmontar suas tendas e procurar abrigo em albergues da cidade.
Na condução de medidas relacionadas à pandemia, a expectativa é a de seguir os critérios técnicos utilizados até aqui para liberar ou não mais alunos nas salas de aula ou ampliar a ocupação do comércio, por exemplo.
E, assim como seus antecessores, deve seguir a política de regularizar imóveis e manter a isenção de tributos municipais a igrejas e a oferta de descontos a empresários em débito com o município.
Outra "característica" que não deve mudar é o loteamento das subprefeituras por ex-colegas vereadores - o próprio Nunes exerce influência sobre a regional de Santo Amaro, seu reduto eleitoral, desde a gestão de Fernando Haddad (PT).
Durante a campanha, no entanto, a influência política e o conhecimento fiscal perderam espaço para a notícia de que a mulher de Nunes registrou um boletim de ocorrência por agressão e ameaça, em 2011, e o vice passou a ser questionado e até mesmo escondido em entrevistas e debates.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o agora prefeito disse que sua mulher afirma não ter registrado tal boletim. "Ela até contratou um advogado para procurar esse documento e ele simplesmente não existe. Eu amo a minha mulher, estamos juntos há 23 anos. Nunca fiz qualquer agressão. Foi coisa de campanha isso."
Oposição
Na Câmara, a perspectiva segue a mesma: assim como a gestão Covas, a administração Nunes terá de negociar projeto a projeto mas, desta vez, com vereadores petistas possivelmente menos aguerridos na oposição.
Isso porque até 2016, quando João Doria (PSDB) tornou-se prefeito, PT e MDB eram aliados na Casa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Considerado conservador e mais à direita no espectro político do que Covas, o novo prefeito pretende em forte ligação com a Igreja Católica. A proximidade deve ajudar na construção de parcerias que pretende firmar com entidades religiosas para convencer usuários da cracolândia a aceitar tratamento e moradores de rua a desmontar suas tendas e procurar abrigo em albergues da cidade.
Na condução de medidas relacionadas à pandemia, a expectativa é a de seguir os critérios técnicos utilizados até aqui para liberar ou não mais alunos nas salas de aula ou ampliar a ocupação do comércio, por exemplo.
E, assim como seus antecessores, deve seguir a política de regularizar imóveis e manter a isenção de tributos municipais a igrejas e a oferta de descontos a empresários em débito com o município.
Outra "característica" que não deve mudar é o loteamento das subprefeituras por ex-colegas vereadores - o próprio Nunes exerce influência sobre a regional de Santo Amaro, seu reduto eleitoral, desde a gestão de Fernando Haddad (PT).
Durante a campanha, no entanto, a influência política e o conhecimento fiscal perderam espaço para a notícia de que a mulher de Nunes registrou um boletim de ocorrência por agressão e ameaça, em 2011, e o vice passou a ser questionado e até mesmo escondido em entrevistas e debates.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o agora prefeito disse que sua mulher afirma não ter registrado tal boletim. "Ela até contratou um advogado para procurar esse documento e ele simplesmente não existe. Eu amo a minha mulher, estamos juntos há 23 anos. Nunca fiz qualquer agressão. Foi coisa de campanha isso."
Oposição
Na Câmara, a perspectiva segue a mesma: assim como a gestão Covas, a administração Nunes terá de negociar projeto a projeto mas, desta vez, com vereadores petistas possivelmente menos aguerridos na oposição.
Isso porque até 2016, quando João Doria (PSDB) tornou-se prefeito, PT e MDB eram aliados na Casa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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