Publicado 07/06/2021 09:42
Um documento oficial da comunicação interna da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) que vazou no último fim de semana revela que a ordem para repreender manifestantes pacíficos no Recife no dia 29 de maio foi dada pelo então comandante-geral da corporação, Vanildo Maranhão. Ele foi exonerado do cargo pelo governador Paulo Câmara (PSB) na semana passada.
O documento, um relato da ação feito por um oficial da PM, foi revelado pelo Jornal do Commercio e checado pelo Estadão. O ofício afirma que "por determinação do comandante-geral da PMPE", a Tropa de Choque deveria realizar a dispersão dos manifestantes usando dos "meios dispostos".
A manifestação contra o governo Bolsonaro foi dispersada por tropas do Choque com balas de borracha, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo. Duas pessoas foram atingidas nos olhos e ficaram parcialmente cegas.
O documento também relata que a tropa de choque foi hostilizada pelos manifestantes e até mesmo atacada com pedras. A situação e a ordem já dada pelo coronel Vanildo Maranhão teriam sido as razões para a "utilização escalonada da força dos materiais de menor potencial ofensivo e das técnicas e táticas de controle de distúrbios civis", como descreve o relato policial.
O objetivo da ação policial era defender um decreto estadual de restrições sociais, que vetava manifestações por causa da pandemia da Covid-19.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) e a PMPE emitiram uma nota afirmando que não vão se posicionar sobre “supostos vazamentos”. A pasta informou que a PM já encaminhou todos os documentos relacionados a ação do dia 29 à Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social e que “tais elementos de prova fazem parte do procedimento instaurado para apurar as responsabilidades”.
De acordo com a SDS, oito policiais militares, três oficiais e cinco praças (incluindo o que teria atirado no rosto de Jonas Correia de França, que perdeu parte da visão), foram afastados e estão sendo investigados.
O documento, um relato da ação feito por um oficial da PM, foi revelado pelo Jornal do Commercio e checado pelo Estadão. O ofício afirma que "por determinação do comandante-geral da PMPE", a Tropa de Choque deveria realizar a dispersão dos manifestantes usando dos "meios dispostos".
A manifestação contra o governo Bolsonaro foi dispersada por tropas do Choque com balas de borracha, spray de pimenta e bombas de gás lacrimogêneo. Duas pessoas foram atingidas nos olhos e ficaram parcialmente cegas.
O documento também relata que a tropa de choque foi hostilizada pelos manifestantes e até mesmo atacada com pedras. A situação e a ordem já dada pelo coronel Vanildo Maranhão teriam sido as razões para a "utilização escalonada da força dos materiais de menor potencial ofensivo e das técnicas e táticas de controle de distúrbios civis", como descreve o relato policial.
O objetivo da ação policial era defender um decreto estadual de restrições sociais, que vetava manifestações por causa da pandemia da Covid-19.
A Secretaria de Defesa Social (SDS) e a PMPE emitiram uma nota afirmando que não vão se posicionar sobre “supostos vazamentos”. A pasta informou que a PM já encaminhou todos os documentos relacionados a ação do dia 29 à Corregedoria-Geral da Secretaria de Defesa Social e que “tais elementos de prova fazem parte do procedimento instaurado para apurar as responsabilidades”.
De acordo com a SDS, oito policiais militares, três oficiais e cinco praças (incluindo o que teria atirado no rosto de Jonas Correia de França, que perdeu parte da visão), foram afastados e estão sendo investigados.
Antes do documento se tornar, o governador Paulo Câmara negou ter dado a ordem para PM repreender o ato. A repercussão negativa da ação provocou a queda do coronel Vanildo Maranhão de seu cargo e a demissão do secretário de Defesa Social, responsável pelo comando da PMPE, Antonio de Pádua. O governo de Pernambuco afirma que vai indenizar as vítimas e apurar o caso.
- Com informações do Estadão e do Jornal do Commercio.
- Com informações do Estadão e do Jornal do Commercio.
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