Luiz Paulo Dominguetti Pereira depõe na CPI da Covid. Pedro França/Agência Senado
Por O Dia
Publicado 01/07/2021 11:41 | Atualizado 01/07/2021 17:04
A CPI da Covid ouve, nesta quinta-feira, 1°, o representante da Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira. Em reportagem publicada esta semana pelo jornal Folha de S. Paulo, Dominguetti afirmou ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina, em troca da assinatura do contrato com o Ministério da Saúde. Questionado pelo Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, o depoente confirmou o encontro com o diretor de Logística da pasta, Roberto Ferreira Dias, no qual o pedido foi feito.
"Se ele pudesse eventualmente descrever como, quando, e por quem foram exatamente feitos os pedidos na conversa. E de que forma?", indagou Calheiros. Em resposta, o representante afirmou que “o pedido dessa majoração foi exclusivamente do senhor Roberto Dias". 
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No depoimento, Dominguetti declarou ter recebido o pedido de propina no dia 25 de fevereiro por Dias, queias foi exonerado nesta quarta-feira, 30, do cargo após ser acusado de pedir propina na negociação. "Ele sempre pôs o entrave no sentido que, se não majorasse a vacina, não teria aquisição do Ministério da Saúde. Ele disse que a pasta dele tinha orçamento que poderia comprar a vacina".
O depoente também detalhou o encontro com Dias, que ocorreu em um restaurante no Shopping Brasília, conforme havia sido publicado. No jantar em questão, o diretor teria feito o pedido de propina para cada dose da vacina AstraZeneca, vendida pela Davati.
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A primeira oferta, segundo o representante, seria de US$ 3,50 por cada dose do imunizante. Roberto Dias, por sua vez teria feito o pedido de propina de US$ 1 por cada uma, totalizando o valor de US$ 4,50. No depoimento, Dominguetti também confirmou o total de 400 milhões de doses ofertadas na conversa inicial com Dias. Assista: 
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Durante o depoimento, ele declarou que teve aval do representante oficial da Davati no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho, para representar a empresa na negociação com o Ministério da Saúde. A Davati afirmou que Dominguetti intermediou a relação da companhia com o governo federal na posição de "vendedor autônomo".
Na CPI, ele ressaltou que não poderia interferir no preço da oferta diante da oferta de propina. "Não tem como eu chegar e aceitar qualquer coisa, embora seja imoral também, porque eu teria que tirar do meu bolso para pagar", disse. A primeira ponte de negociação foi feita por meio de Marcelo Blanco, ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, que teria apresentado o representante a Roberto Ferreira Dias, de acordo com o depoimento.
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*Com informações do Estadão Conteúdo
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