Publicado 09/07/2021 16:41 | Atualizado 09/07/2021 16:42
Brasília - Senadores governistas apresentaram na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid uma outra versão sobre a primeira invoice (nota fiscal) recebida pelo Ministério da Saúde da vacina indiana Covaxin, cuja compra é investigada pela comissão. Assim como o servidor Luis Ricardo Miranda, o consultor técnico da pasta William Amorim afirmou que a Precisa Medicamentos enviou esse documento no dia 18 de março via plataforma Dropbox, serviço para armazenamento e partilha de arquivos, baseado no conceito de "computação em nuvem".
Aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por sua vez, afirmam que uma perícia contratada pela Precisa aponta que, naquele dia, não havia nenhum documento de invoice na plataforma. Questionado durante o interrogatório na CPI, Amorim reafirmou que visualizou a peça no Dropbox no dia 18 de março, mas sem baixá-la.
Aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por sua vez, afirmam que uma perícia contratada pela Precisa aponta que, naquele dia, não havia nenhum documento de invoice na plataforma. Questionado durante o interrogatório na CPI, Amorim reafirmou que visualizou a peça no Dropbox no dia 18 de março, mas sem baixá-la.
"Eu só posso afirmar o que eu vi, abri o Dropbox e vi o documento lá", disse ele, ao ser perguntado pelo senador governista Marcos Rogério (DEM-RO). "O documento foi criado no dia 19. Impossível ele ter visto o documento antes", afirmou também o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho "01" do presidente Jair Bolsonaro.
"Nenhum arquivo foi cancelado, excluído ou modificado após dia 18 de março. Como é possível ter recebido por dropbox um invoice que a partir de laudo técnico se conclui que não estava lá. Reafirma que abriu esse invoice no dia 18?", questionou Marcos Rogério, que recebeu resposta afirmativa do consultor técnico da Saúde.
Vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) levantou suspeitas em torno da perícia contratada pela empresa e pediu uma investigação externa. "Vou acreditar no William, ou vou acreditar na perícia privada de uma empresa que tem sociedade com outra empresa que já deu golpe no Ministério da Saúde?", questionou Randolfe. "Estranhamente, o documento se tornou inacessível. Ninguém consegue mais acessar esse dropbox, desde que surgiu o escândalo", acrescentou o senador.
Randolfe pediu uma "perícia real" no Ministério da Saúde e solicitação de informação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a documentação enviada pela pasta. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) também destacou ser necessário realizar uma investigação sobre essa documentação.
"O fato que foi trazido pelo deputado Luis Miranda é um fato grave aqui. Se foi dia 18 ou dia 19, no dia 20 o presidente teve conhecimento desse problema", comentou o presidente da CPI, Omar Aziz, que questionou ainda se o consultor saberia de alguma investigação que supostamente foi feita após Bolsonaro ser avisado das supostas irregularidades, recebendo uma reposta negativa do consultar.
Aziz propôs que seja realizada ainda uma acareação entre o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que relatou problemas nesses documentos, e o ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni, que levantou a hipótese de o papel identificado como a primeira invoice ser falsificado.
"Nenhum arquivo foi cancelado, excluído ou modificado após dia 18 de março. Como é possível ter recebido por dropbox um invoice que a partir de laudo técnico se conclui que não estava lá. Reafirma que abriu esse invoice no dia 18?", questionou Marcos Rogério, que recebeu resposta afirmativa do consultor técnico da Saúde.
Vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) levantou suspeitas em torno da perícia contratada pela empresa e pediu uma investigação externa. "Vou acreditar no William, ou vou acreditar na perícia privada de uma empresa que tem sociedade com outra empresa que já deu golpe no Ministério da Saúde?", questionou Randolfe. "Estranhamente, o documento se tornou inacessível. Ninguém consegue mais acessar esse dropbox, desde que surgiu o escândalo", acrescentou o senador.
Randolfe pediu uma "perícia real" no Ministério da Saúde e solicitação de informação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a documentação enviada pela pasta. A senadora Simone Tebet (MDB-MS) também destacou ser necessário realizar uma investigação sobre essa documentação.
"O fato que foi trazido pelo deputado Luis Miranda é um fato grave aqui. Se foi dia 18 ou dia 19, no dia 20 o presidente teve conhecimento desse problema", comentou o presidente da CPI, Omar Aziz, que questionou ainda se o consultor saberia de alguma investigação que supostamente foi feita após Bolsonaro ser avisado das supostas irregularidades, recebendo uma reposta negativa do consultar.
Aziz propôs que seja realizada ainda uma acareação entre o deputado Luis Miranda (DEM-DF), que relatou problemas nesses documentos, e o ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni, que levantou a hipótese de o papel identificado como a primeira invoice ser falsificado.
Em relação ao questionamentos sobre a diferença de data, em entrevista aos jornalistas, Simone afirmou que a diferença do dia 18 para o dia 19 ocorreu pois o documento foi enviado de Singapura, com fuso horário diferente de 11 horas do Brasil. Desta forma, a primeira invoice pode ter sido já enviado do dia 19, enquanto aqui no Brasil ainda era dia 18.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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