Emanuela Medrades é diretora técnica da Precisa, empresa que teria intermediado as negociações para compra da vacina CovaxinAgência Senado
Publicado 13/07/2021 11:40 | Atualizado 13/07/2021 12:12
Rio - A diretora técnica da Precisa Medicamentos, empresa que intermediou a negociação da vacina indiana Covaxin com o governo brasileiro, afirmou que vai ficar em silêncio durante a sessão da CPI da Covid desta terça-feira. Emanuela Medrades está protegida por um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) concedido pelo ministro Luiz Fux, que assegura a ela o direito de permanecer em silêncio.
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Logo no início da sessão, questionada pelo presidente da comissão Omar Aziz se gostaria de prestar o compromisso de dizer a verdade, a diretora declarou que não iria responder os questionamentos feitos a ela.
"Sr. presidente, já prestamos o depoimento na Polícia Federal sobre os fatos investigados e por intenção do meu advogado vou permanecer em silêncio", afirmou.
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O presidente do STF, Luiz Fux, atendeu parcialmente a um pedido da diretora e garantiu que ela possa ficar em silêncio com relação a fatos que a incriminem durante depoimento na CPI da Covid.
"Quem me tratou primeiro como investigada foi essa CPI, que quebrou meus sigilos e deixou expresso o requerimento a minha condição de investigada. Eu já prestei depoimento sobre os fatos investigados e já entreguei documentos perante as autoridades investigativas", justificou Emanuela. 
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"É uma decisão que o ministro dá para protegê-la como investigada, mas não dá esse direito todo para que não responda questões que não são direcionadas a ele", disse o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM).

A decisão provocou críticas na comissão. O senador Eduardo Braga (MDB-AM) sugeriu uma reunião da cúpula do Senado com o STF para padronizar a postura em relação aos depoimentos, que vem recebendo tratamento diferente nos julgamentos de habeas corpus quando os depoentes pedem o direito de ficar em silêncio.

De acordo com Braga, é preciso estabelecer um padrão para não parar os trabalhos. "No caso da doutora Emanuela, sequer investigada ela é e mesmo assim veio com uma liminar para que não se pronuncie", disse o emedebista.

*Com informações do Estadão Conteúdo
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