Publicado 03/08/2021 15:04 | Atualizado 03/08/2021 16:25
Brasília - O reverendo Amilton Gomes de Paula, citado como um intermediador entre o governo federal e empresas que ofereceram vacinas sem comprovar a entrega dos imunizantes, apresentou nesta terça-feira, 3, uma versão diferente sobre diálogos dele próprio com o policial militar Luiz Paulo Dominghetti Pereira.
Dominghetti se apresentou como representante da empresa Davati Medical Supply, tentou vender vacinas contra covid, e foi levado ao Ministério da Saúde pelo pastor. Em depoimento na CPI, o reverendo afirmou que usou uma "bravata" ao demonstrar prestígio com o governo federal nas conversas com o policial. Hoje, Amilton negou proximidade com o presidente Jair Bolsonaro, ou com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Em uma mensagem do reverendo a Dominghetti, enquanto eram negociadas as vacinas ao governo, Amilton teria dito ao vendedor que a primeira-dama teria "entrado no circuito". Hoje, o pastor afirmou não lembrar o contexto da mensagem, mas declarou que a fala era uma "bravata", para "mostrar algo que não tinha". A mesma justificativa foi dada por ele a uma mensagem a Dominghetti onde dizia que tinha falado "com quem manda".
Durante a primeira bateria de perguntas do relator Renan Calheiros (MDB-AL), o reverendo negou que tenha proximidade com qualquer pessoa do Palácio do Planalto. Apesar de simpatizando com o governo, dizendo ter participado da campanha do chefe do Executivo.
A afirmação, contudo, não foi bem aceita pelos senadores. Além de registros fotográficos com parlamentares governistas, membros da CPI questionam a facilidade com que o reverendo chegou ao Ministério da Saúde para tratar sobre a venda de vacinas. Em sua defesa, o pastor se propôs a disponibilizar seus emails, além seu registro telefônico à CPI, negando que o colegiado encontraria contatos seus com membros do governo.
Durante o depoimento o reverendo relatou três reuniões no Ministério da Saúde: em 22 de fevereiro, 2 de março e 12 de março. Na última, foi recebido pelo ex-secretário-executivo da pasta, Elcio Franco. A justificativa do reverendo para tentar facilitar a compra de vacinas com o Ministério da Saúde foi a tentativa de fornecer vacinas para o Brasil, uma "iniciativa humanitária".
Após as inquisições do senador Humberto Costa (PT-PE) , o presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), interrompeu a sessão por trinta minutos, e sugeriu que o reverendo "repensasse" seu depoimento. "O senhor não é vítima aqui, o senhor participou de um grande enredo. Sua missão é muito maior do que proteger pessoas que brincaram com a vida dos outros", disse, após criticar pastor por afirmar que utilizou uma "bravata" para avançar as negociações de vacinas.
Dominghetti se apresentou como representante da empresa Davati Medical Supply, tentou vender vacinas contra covid, e foi levado ao Ministério da Saúde pelo pastor. Em depoimento na CPI, o reverendo afirmou que usou uma "bravata" ao demonstrar prestígio com o governo federal nas conversas com o policial. Hoje, Amilton negou proximidade com o presidente Jair Bolsonaro, ou com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Em uma mensagem do reverendo a Dominghetti, enquanto eram negociadas as vacinas ao governo, Amilton teria dito ao vendedor que a primeira-dama teria "entrado no circuito". Hoje, o pastor afirmou não lembrar o contexto da mensagem, mas declarou que a fala era uma "bravata", para "mostrar algo que não tinha". A mesma justificativa foi dada por ele a uma mensagem a Dominghetti onde dizia que tinha falado "com quem manda".
Durante a primeira bateria de perguntas do relator Renan Calheiros (MDB-AL), o reverendo negou que tenha proximidade com qualquer pessoa do Palácio do Planalto. Apesar de simpatizando com o governo, dizendo ter participado da campanha do chefe do Executivo.
A afirmação, contudo, não foi bem aceita pelos senadores. Além de registros fotográficos com parlamentares governistas, membros da CPI questionam a facilidade com que o reverendo chegou ao Ministério da Saúde para tratar sobre a venda de vacinas. Em sua defesa, o pastor se propôs a disponibilizar seus emails, além seu registro telefônico à CPI, negando que o colegiado encontraria contatos seus com membros do governo.
Durante o depoimento o reverendo relatou três reuniões no Ministério da Saúde: em 22 de fevereiro, 2 de março e 12 de março. Na última, foi recebido pelo ex-secretário-executivo da pasta, Elcio Franco. A justificativa do reverendo para tentar facilitar a compra de vacinas com o Ministério da Saúde foi a tentativa de fornecer vacinas para o Brasil, uma "iniciativa humanitária".
Após as inquisições do senador Humberto Costa (PT-PE) , o presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), interrompeu a sessão por trinta minutos, e sugeriu que o reverendo "repensasse" seu depoimento. "O senhor não é vítima aqui, o senhor participou de um grande enredo. Sua missão é muito maior do que proteger pessoas que brincaram com a vida dos outros", disse, após criticar pastor por afirmar que utilizou uma "bravata" para avançar as negociações de vacinas.
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