Publicado 04/08/2021 17:52 | Atualizado 04/08/2021 18:08
Brasília - O senador Ciro Nogueira (PP-PI) tomou posse, nesta quarta-feira, 4, como ministro da Casa Civil. A cerimônia realizada no Palácio do Planalto conta com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de outras personalidades do governo. Nogueira assume o posto de Luiz Eduardo Ramos, que migrou para a Secretaria-Geral da Presidência. Já Onyx Lorenzoni, que ocupava a pasta foi alocado à frente do Ministério do Trabalho e Previdência.
Em uma publicação no Twitter, o líder do governo na Câmara, deputado federal Ricardo Barros (PP-PR) festejou a posse de Nogueira na Casa Civil. "Progressistas em festa. Bom para o Brasil", escreveu. Nas imagens publicadas, autoridades, como o próprio parlamentar, o novo ministro, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), o chefe do Executivo federal e a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), estavam sem máscaras de proteção contra a covid-19. Mas, durante o evento, eles utilizaram o equipamento.
Discurso
Em seu discurso, Nogueira disse, ao presidente Jair Bolsonaro, que gostaria de ser lembrado como um "amortecedor" do governo: equipamento, segundo o novo ministro, capaz de estabilizar, diminuir tensões e "tornar a viagem mais serena e confortável".
"Vamos ajudar o Brasil a dar sinais certos para onde estamos indo, o primeiro deles, não tenho dúvida, é de que a democracia é líquida e certa. Difícil por natureza, mas é a coisa certa", afirmou Nogueira. O novo ministro também ressaltou que em breve o Brasil terá toda a população alvo imunizada contra a covid-19 e com o País pronto para crescer.
Durante o discurso, Ciro destacou que assume a pasta com a missão de preparar o país para as eleições do próximo ano da forma certa, com atenção à economia no prumo, política ajustada e vacinação garantida.
"Estamos cruzando o cabo das tormentas: das tormentas políticas, das tormentas sociais, econômicas e institucionais", declarou. Entre os focos da pasta, Nogueira destacou a ampliação do Bolsa Família, programa de assistência social que o governo estuda aumentar até o fim deste ano do atual benefício médio de R$ 190 para o mínimo de R$ 300 ou R$ 400.
"Existe o Brasil e os problemas que temos de enfrentar: fome e miséria", disse. "Não temos vergonha de falar em desigualdade social, temos vergonha que apesar dos que nos antecederam, ela continue existindo. Por isso, o governo do presidente Jair Bolsonaro lançará um ambicioso e amplo programa social com valores ainda mais altos de seus benefícios", completou o ministro que tomou posse nesta quarta.
"Vamos ajudar o Brasil a dar sinais certos para onde estamos indo, o primeiro deles, não tenho dúvida, é de que a democracia é líquida e certa. Difícil por natureza, mas é a coisa certa", afirmou Nogueira. O novo ministro também ressaltou que em breve o Brasil terá toda a população alvo imunizada contra a covid-19 e com o País pronto para crescer.
Durante o discurso, Ciro destacou que assume a pasta com a missão de preparar o país para as eleições do próximo ano da forma certa, com atenção à economia no prumo, política ajustada e vacinação garantida.
"Estamos cruzando o cabo das tormentas: das tormentas políticas, das tormentas sociais, econômicas e institucionais", declarou. Entre os focos da pasta, Nogueira destacou a ampliação do Bolsa Família, programa de assistência social que o governo estuda aumentar até o fim deste ano do atual benefício médio de R$ 190 para o mínimo de R$ 300 ou R$ 400.
"Existe o Brasil e os problemas que temos de enfrentar: fome e miséria", disse. "Não temos vergonha de falar em desigualdade social, temos vergonha que apesar dos que nos antecederam, ela continue existindo. Por isso, o governo do presidente Jair Bolsonaro lançará um ambicioso e amplo programa social com valores ainda mais altos de seus benefícios", completou o ministro que tomou posse nesta quarta.
Nomeação
Na semana passada, Bolsonaro realizou mais uma reforma ministerial em seu governo. Publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última quarta-feira, 28, a nomeação de Ciro Nogueira para a Casa Civil, o coração do governo, é uma aposta do presidente para manter o apoio político do Centrão e evitar uma possível abertura de processo de impeachment, neste momento em que vê sua popularidade caindo em meio a denúncias de corrupção e ao desgaste sofrido pelo andamento das investigações da CPI da Covid. Além de selar o casamento entre Planalto e Centrão, o movimento é também um aceno ao Senado - que ainda não havia sido contemplado com um ministério e desejava espaço na Esplanada.
Com as mudanças, chega a quatro o número de ministérios ocupados pelo Centrão. O bloco também tem os deputados João Roma (Republicanos-BA) na Cidadania, Fábio Faria (PSD-RN) nas Comunicações e Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo.
O novo ministro da Casa Civil responde a cinco processos na Justiça - duas denúncias criminais e três inquéritos que apuram suspeitas de suborno e distribuição de propinas. Em fevereiro de 2020, ele foi acusado pela PGR de receber propina da Odebrecht em troca de favorecimento no Congresso à Braskem, empresa petroquímica controlada pelo grupo. Ciro Nogueira também já foi denunciado por suposta tentativa de atrapalhar a Lava Jato e é alvo de inquérito sobre suposto recebimento de propina nas eleições presidenciais de 2014.
Antes da união entre Bolsonaro e o Centrão, Nogueira era aliado do PT. Durante a corrida presidencial de 2018, ele se queixou da ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições, chegou a dizer que estaria com o petista "até o fim" e chamou Bolsonaro de "fascista". Piauiense, o novo ministro tem apelo eleitoral no Nordeste e pode ajudar o governo a se aproximar daquela região.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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