Publicado 26/08/2021 18:34
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, atribuiu a decisão da Pfizer de produzir sua vacina contra covid-19 em parceria com a BioNTech no Brasil ao caráter "liberal" do governo, que, segundo ele, quer deixar a iniciativa privada "trabalhar".
"Por que a Pfizer vir pro Brasil? Porque é inteligente e sabe que nesse país tem governo liberal, governo que respeita a legislação e quer participar de áreas fundamentais, como saúde e educação", declarou em pronunciamento nesta quinta-feira.
A Pfizer e a BioNTech anunciaram nesta quinta-feira, 26, a assinatura de uma carta de intenção com a farmacêutica brasileira Eurofarma para a produção da vacina contra a covid-19 no Brasil. A produção deve ter início a partir de 2022.
"A Eurofarma vai terminar o processo de fabricação de nossa vacina", esclareceu o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, que teceu elogios ao "trabalho e esforço" do governo federal. No entanto, quando depôs à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Murillo confirmou que o ministério da Saúde ignorou negociações da vacina por três meses. "O acordo permitirá acesso justo à vacina à população do Brasil e América Latina", acrescentou o executivo.
Queiroga ainda destacou durante o pronunciamento que, nos últimos 60 dias, o Brasil registrou queda de 60% dos casos de covid-19 e de 58% nos óbitos. Com o avanço da vacinação, a média móvel de mortes pela doença está em queda e ontem chegou a 718 por dia, de acordo com dados do consórcio de veículos da imprensa.
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