Publicado 02/09/2021 08:30 | Atualizado 02/09/2021 13:17
Brasília - A CPI da Covid fez uma mudança na agenda desta quinta-feira, 2. Em vez de Francisco Araújo Filho, ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, o colegiado deve tomar o depoimento de Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria, apontado como um lobista da Precisa Medicamentos, a empresa que atuou como intermediária no contrato da vacina indiana Covaxin e que está sob investigação.
A CPI obteve mensagens trocadas entre Marconny o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana. Na conversa, o Santana menciona que conheceu o suposto lobista da Precisa na casa da advogada do presidente da República, Jair Bolsonaro, Karina Kufa, que deverá ser ouvida nas próximas reuniões da CPI.
Senadores apontaram que Santana e Marconny teriam conversado sobre processo de contratação de 12 milhões de testes de covid-19 entre o Ministério da Saúde e a Precisa. Uma das mensagens trocadas aponta que “um senador” poderia ajudar a “desatar o nó” do processo.
Autor do requerimento aprovado em 19 de agosto, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) aponta que essas e outras mensagens reforçam a existência de um mercado interno no Ministério da Saúde que busca facilitar compras públicas e beneficiar empresas, assim como o poder de influência da empresa Precisa Medicamentos antes da negociação da vacina Covaxin.
De acordo com o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), Marconny tem se recusado a responder à CPI, que deverá "trazê-lo sob vara", por meio de ação judicial.
O depoente possui habeas corpus do Supremo Tribunal Federal que permite a ele ficar em silêncio e não responder a perguntas que possam incriminá-lo. A decisão pela concessão do habeas corpus foi da ministra Cármen Lúcia.
A CPI obteve mensagens trocadas entre Marconny o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana. Na conversa, Santana menciona que conheceu o suposto lobista da Precisa na casa da advogada do presidente da República, Jair Bolsonaro, Karina Kufa, que deverá ser ouvida nas próximas reuniões. A comissão espera, ainda, entender qual é a participação de Marconny na venda de testes contra a covid-19 ao governo federal e qual a relação dele com integrantes da família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
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