Ainda durante a entrevista, Randolfe classificou o depoente como "senhor dos lobbys" e afirmou que Marconny tem contato direto com pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Imagino as razões que os levaram a descumprir uma determinação da CPI, a subverter a ordem jurídica, imagino pelo conjunto probatório, pelo conjunto de informações que temos sobre a atuação desse senhor (...) Esse senhor não é o lobista somente da Precisa, esse é o senhor de todos os lobbys, esse senhor está presente em esquemas, sobretudo no Ministério da Saúde, desde o ano passado, ou antes", declarou.
O vice-presidente reforçou, ainda, que a defesa do depoente confirmou que estava ciente da convocação à CPI desde segunda-feira. O presidente da CPI também criticou o teor de atestados médicos assinados por profissionais do Hospital Sirio-Libanês a duas testemunhas convocadas para depor à CPI: o lobista Marconny Faria e o advogado Marcos Tolentino. O presidente da comissão disse que os profissionais responsáveis pela emissão dos documentos estão “comprometidos eticamente”.
O senador Marco Rogério (DEM-RO), membro governista da CPI, chegou a questionar a origem da prova apresentada, e Aziz concordou ser necessário saber o contexto do áudio. O presidente informou, ainda, que com dificuldade da secretaria da mesa dado ao grande volume de informação em mãos do colegiado, era necessário interromper a reunião.
O áudio em questão seria do dia 25 de maio do ano passado. Na ocasião, Karina Kufa teria dado um jantar em que o empresário e o ex-secretário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) José Ricardo Santana, que já prestou depoimento à CPI, teria conhecido o lobista. Juntos, eles enviaram ao Ministério da Saúde um suposto "passo a passo" de como fraudar licitações para favorecer a Precisa.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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