Publicado 02/09/2021 18:59 | Atualizado 02/09/2021 19:11
O Boletim InfoGripe da Fiocruz divulgado, nesta quinta-feira, 2, indica interrupção da tendência de queda dos casos de Síndrome Respiratória Aguda (SRAG) no país, que se mantinha desde o final de maio. Porém, os indícios de possível retomada do crescimento em agosto, apontados na edição da última semana, não se confirmaram, mantendo o sinal de estabilidade.
A análise referente à Semana Epidemiológica 34, período compreendido entre 22 e 28 de agosto, que tem como base dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SivepGripe) até 30 de agosto, apresenta um dado novo, com verificação de casos por faixa etária. Com isso, os pesquisadores esperam ter avaliações semanais mais ricas em cada localidade, uma vez que o Boletim InfoGripe permitirá acompanhar a tendência nas faixas etárias ainda não vacinadas, o impacto potencial do avanço da cobertura vacinal nas faixas ainda em andamento e naquelas que já atingiram estabilidade no nível de cobertura.
Observa-se entre crianças e adolescentes de 10 a 19 anos uma estabilização dos casos de SRAG em patamar significativamente elevado quando comparados com o histórico da pandemia. Vale considerar que a situação atual é similar ao pico mais agudo de 2020. Nos grupos etários de 60 anos ou mais observa-se estabilização em patamares similares a outubro, quando foram registrados os valores mais baixos no dado nacional. No entanto, para a população acima de 80 anos é possível identificar que o pico de maio, expressivo em todas as faixas abaixo de 60 anos, também gerou aumento de casos de SRAG.
“O patamar de estabilização se apresenta mais alto à medida que a idade diminui. Já a redução expressiva do número de casos de SRAG na população idosa é reflexo do impacto da campanha de vacinação escalonada realizada nos meses de abril e maio. Os valores mais altos da população mais jovem indicam que a transmissão segue elevada e são atribuídos à transmissão elevada na população em geral”, afirma o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
Os dados indicam que apenas 4 das 27 unidades da Federação apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), com destaque para Bahia, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os dois primeiros estados apontam para início de crescimento ao longo de agosto, enquanto o Rio de Janeiro apresenta sinal de crescimento acentuado desde a segunda quinzena de julho.
“O patamar de estabilização se apresenta mais alto à medida que a idade diminui. Já a redução expressiva do número de casos de SRAG na população idosa é reflexo do impacto da campanha de vacinação escalonada realizada nos meses de abril e maio. Os valores mais altos da população mais jovem indicam que a transmissão segue elevada e são atribuídos à transmissão elevada na população em geral”, afirma o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
Os dados indicam que apenas 4 das 27 unidades da Federação apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), com destaque para Bahia, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os dois primeiros estados apontam para início de crescimento ao longo de agosto, enquanto o Rio de Janeiro apresenta sinal de crescimento acentuado desde a segunda quinzena de julho.
Dentre as demais, 9 apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas três semanas) e Rondônia apresenta sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo. Além disso, 10 unidades federativas apresentam sinal de estabilidade nas tendências de longo e curto prazo.
“Em todos esses estados observa-se que essa tendência tem sido puxada principalmente pelos casos graves em crianças e adolescentes e pela população acima de 60 anos. No caso do Rio de Janeiro, para a população acima de 70 anos estima-se que a situação atual já esteja em situação similar ao observado no pico do final de 2020”, diz Gomes.
“Em todos esses estados observa-se que essa tendência tem sido puxada principalmente pelos casos graves em crianças e adolescentes e pela população acima de 60 anos. No caso do Rio de Janeiro, para a população acima de 70 anos estima-se que a situação atual já esteja em situação similar ao observado no pico do final de 2020”, diz Gomes.
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