Publicado 09/09/2021 17:12 | Atualizado 09/09/2021 17:14
Rio - Os casos notificados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentam indicativo de interrupção de queda e sinal de estabilização na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e curto prazo (últimas três semanas) no país, com poucas unidades da Federação com sinal de crescimento, com destaque para o estado e a capital do Rio de Janeiro, que interromperam a tendência de crescimento que se observou em julho e da primeira quinzena de agosto. É o que mostra a nova edição do Boletim Infogripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira, 9.
A análise referente à Semana Epidemiológica 35, que compreende o período entre 29 de agosto e 4 de setembro, e tem como base dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 6 de setembro, alerta sobre a importância de retomar a testagem de demais vírus respiratórios, especialmente em crianças. Desde o último Boletim é possível verificar novos casos por faixa etária e estimativas para cada unidade federativa, que também podem ser obtidas no repositório público do InfoGripe.
Na evolução por faixa etária observa-se, entre crianças e adolescentes (0-9 e 10-19), estabilização dos casos de SRAG, em patamar significativamente elevado em comparação ao histórico da pandemia. Para os primeiros, os valores atuais são similares aos observados no pico mais agudo em 2020. Os grupos de 60 anos ou mais apresentam estabilização similar a outubro de 2020, quando foi registrado o valor mais baixo no dado nacional.
“A medida que a idade diminui é nítido que o patamar de estabilização é relativamente mais alto em comparação com os valores registrados em 2020. Enquanto a redução expressiva no número de casos de SRAG na população idosa é reflexo do impacto da campanha de vacinação escalonada, que permitiu proteger essa população durante o aumento na transmissão nos meses de abril e maio, a estabilização em valores relativamente mais altos na população mais jovem é reflexo da manutenção de transmissão elevada na população em geral”, destaca o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Na evolução por faixa etária observa-se, entre crianças e adolescentes (0-9 e 10-19), estabilização dos casos de SRAG, em patamar significativamente elevado em comparação ao histórico da pandemia. Para os primeiros, os valores atuais são similares aos observados no pico mais agudo em 2020. Os grupos de 60 anos ou mais apresentam estabilização similar a outubro de 2020, quando foi registrado o valor mais baixo no dado nacional.
“A medida que a idade diminui é nítido que o patamar de estabilização é relativamente mais alto em comparação com os valores registrados em 2020. Enquanto a redução expressiva no número de casos de SRAG na população idosa é reflexo do impacto da campanha de vacinação escalonada, que permitiu proteger essa população durante o aumento na transmissão nos meses de abril e maio, a estabilização em valores relativamente mais altos na população mais jovem é reflexo da manutenção de transmissão elevada na população em geral”, destaca o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Transmissão comunitária
O boletim mantém o alerta para casos de SRAG associados a outros vírus respiratórios. Foi observado aumento do número de casos confirmados de vírus sincicial respiratório (VSR), presente em todo o país, sendo as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentando maior incidência acumulada até o momento. No Rio Grande do Sul, em particular, os dados laboratoriais indicam aumento significativo de casos de SRAG em crianças, causados majoritariamente por VSR.
O boletim mantém o alerta para casos de SRAG associados a outros vírus respiratórios. Foi observado aumento do número de casos confirmados de vírus sincicial respiratório (VSR), presente em todo o país, sendo as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste apresentando maior incidência acumulada até o momento. No Rio Grande do Sul, em particular, os dados laboratoriais indicam aumento significativo de casos de SRAG em crianças, causados majoritariamente por VSR.
Para melhor verificação é recomendado manter a testagem do painel de vírus respiratórios para todos os casos de negativos de Sars-CoV-2 e, se possível, uso do painel completo em todos os casos de SRAG para avaliação de codetecções. Segundo o boletim, observa-se também presença de casos confirmados de rinovírus que, assim como o aumento dos casos de VSR, podem estar associados ao relaxamento das medidas de distanciamento.
Em função do avanço da cobertura vacinal de primeira e segunda dose entre adultos e jovens adultos, o Boletim InfoGripe chama atenção para a importância de acompanhar a evolução dos casos entre a população de crianças e adolescentes. Assim como em relação aos mais idosos, visando um acompanhamento da tendência e nível de transmissão comunitária.
Unidades da Federação
Observa-se que 6 das 27 unidades apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) com destaque para Bahia, Espírito Santo, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rondônia. Dentre as demais, 11 apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo: Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Roraima, Sergipe e Tocantins. Já o Amapá apresenta sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas três semanas). Nove unidades apresentam sinal de estabilidade nas tendências de longo e curto prazo: Acre, Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo.
Todos os estados apresentam ao menos uma macrorregião de saúde em nível alto ou superior. E seis deles apresentam ao menos uma macrorregião em nível extremamente elevado: Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
“Nos estados em que se observa aumento significativo de SRAG, principalmente em crianças, é importante testagem por RT-PCR dos demais vírus respiratórios que integram o painel de vigilância nacional, principalmente o VSR, para classificação e ações adequadas evitando confusão com a situação da Covid-19 nesses estados”, alerta Gomes.
Todos os estados apresentam ao menos uma macrorregião de saúde em nível alto ou superior. E seis deles apresentam ao menos uma macrorregião em nível extremamente elevado: Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
“Nos estados em que se observa aumento significativo de SRAG, principalmente em crianças, é importante testagem por RT-PCR dos demais vírus respiratórios que integram o painel de vigilância nacional, principalmente o VSR, para classificação e ações adequadas evitando confusão com a situação da Covid-19 nesses estados”, alerta Gomes.
Capitais
Nas capitais observa-se que 9 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas): Plano Piloto e arredores de Brasília, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Luís e Vitória. Em outras 9 verifica-se sinal de queda na tendência de longo prazo: Aracaju, Belém, Boa Vista, Cuiabá, Goiânia, Manaus, Palmas e Teresina.
Além disso, 2 apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas): Campo Grande e Macapá. Sete mostram sinal de estabilização nas tendências de longo e curto prazo, indicando interrupção da tendência de queda ou manutenção de platô: Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Natal, Porto Velho, Rio de Janeiro e São Paulo.
Todas as capitais encontram-se macrorregiões de saúde com nível alto ou superior. Das 27, 17 integram macrorregiões de saúde em nível alto (Aracaju, Belém, Boa Vista, Cuiabá, Fortaleza, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Velho, Rio Branco, Salvador, São Luís, Teresina e Vitória), 9 em nível muito alto (Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo) e 1 em nível extremamente alto (Goiânia). De acordo com avaliação do InfoGripe, a situação atual das capitais manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, caso não haja nova mobilização por parte das autoridades e população locais.
Todas as capitais encontram-se macrorregiões de saúde com nível alto ou superior. Das 27, 17 integram macrorregiões de saúde em nível alto (Aracaju, Belém, Boa Vista, Cuiabá, Fortaleza, João Pessoa, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Palmas, Porto Velho, Rio Branco, Salvador, São Luís, Teresina e Vitória), 9 em nível muito alto (Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo) e 1 em nível extremamente alto (Goiânia). De acordo com avaliação do InfoGripe, a situação atual das capitais manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, caso não haja nova mobilização por parte das autoridades e população locais.
Macrorregiões
Em 17 dos 27 estados observa-se ao menos uma macrorregião de saúde com sinal de crescimento nas tendências de longo ou curto prazo: Amazonas, Pará, Rondônia, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nos demais 9 estados e no Distrito Federal há tendência de longo e curto prazo, com sinal de queda ou estabilização em todas as respectivas macrorregiões de saúde.
“Assim como destacado para os dados agregados por estado e para os dados associados a residentes das capitais, é fundamental que cada município avalie o indicador de transmissão comunitária para identificar se o sinal de estabilidade na tendência de longo ou curto prazo na macrorregião correspondente está ocorrendo já em nível significativamente baixo ou ainda em valores elevados, para evitar retomada de atividades de maneira precoce, podendo gerar manutenção de níveis altos de novas internações e óbitos, além de manter a taxa de ocupação hospitalar em percentuais próximos da saturação”, alerta Marcelo Gomes.
Em 17 dos 27 estados observa-se ao menos uma macrorregião de saúde com sinal de crescimento nas tendências de longo ou curto prazo: Amazonas, Pará, Rondônia, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nos demais 9 estados e no Distrito Federal há tendência de longo e curto prazo, com sinal de queda ou estabilização em todas as respectivas macrorregiões de saúde.
“Assim como destacado para os dados agregados por estado e para os dados associados a residentes das capitais, é fundamental que cada município avalie o indicador de transmissão comunitária para identificar se o sinal de estabilidade na tendência de longo ou curto prazo na macrorregião correspondente está ocorrendo já em nível significativamente baixo ou ainda em valores elevados, para evitar retomada de atividades de maneira precoce, podendo gerar manutenção de níveis altos de novas internações e óbitos, além de manter a taxa de ocupação hospitalar em percentuais próximos da saturação”, alerta Marcelo Gomes.
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