Publicado 09/09/2021 20:53 | Atualizado 09/09/2021 20:59
Brasília - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou sua live nesta quinta-feira para responder a uma insinuação feita pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Na semana passada, Maia disse achar que Bolsonaro é "gay" durante uma entrevista a um podcast. Em sua resposta, o presidente da República insinuou que o atual secretário de Projetos e Ações Estratégicas do governo de São Paulo "se interessou por pautas LGBTs após passar a trabalhar com o governador paulista, João Doria (PSDB)". Ambos são desafetos declarados de Bolsonaro.
"Maia me acusou de ser gay, com argumentos de que sou militar e sou reprimido. Ser gay não é crime. Eu sou contra a erotização da educação na escola, como o 'kit gay' que descobrimos lá em 2010. Escola é para aprender física, matemática...Agora, desde que passou a trabalhar com o Doria, o Maia passou a se interessar por pautas LGBTs. O gordinho quer agradar o patrão", disse Bolsonaro.
"Maia me acusou de ser gay, com argumentos de que sou militar e sou reprimido. Ser gay não é crime. Eu sou contra a erotização da educação na escola, como o 'kit gay' que descobrimos lá em 2010. Escola é para aprender física, matemática...Agora, desde que passou a trabalhar com o Doria, o Maia passou a se interessar por pautas LGBTs. O gordinho quer agradar o patrão", disse Bolsonaro.
Além de retomar o assunto 'kit gay', o presidente da República pediu para os pais avisarem "se houver algo diferente nas salas de aula".
"É só comparar a qualidade dos nossos livros com os da época do PT. Se tiver algo diferente, peço para avisar. É que alguém fez sem o nosso ministro Milton [Ribeiro, da Educação] saber", completou Bolsonaro.
"É só comparar a qualidade dos nossos livros com os da época do PT. Se tiver algo diferente, peço para avisar. É que alguém fez sem o nosso ministro Milton [Ribeiro, da Educação] saber", completou Bolsonaro.
Rixa entre Maia, Bolsonaro e Jean Wyllys
Na última quinta-feira (2), o ex-deputado federal Jean Wyllys afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é "seguramente misógino, sexista e machista, e tem doentia fixação no coito anal e inveja do gozo da homossexualidade". A declaração foi feita no Twitter, em um post direcionado ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
O comentário foi motivado por um vídeo em que Maia diz achar que Bolsonaro é "gay". A fala do parlamentar licenciado foi dada em uma entrevista ao podcast Derrete Cast. “Eu tenho uma grande dúvida [se o Bolsonaro é gay]. Eu acho que é. Não tem nenhum problema. Como ele tem a formação militar, que é muito reacionária, muito atrasada neste aspecto da orientação sexual, ele prefere dizer que é machão”, afirmou Maia.
Jean Wyllys, então, marcou o ex-presidente da Câmara dos Deputados e escreveu: "Querido @RodrigoMaia, deixe-me te explicar uma coisa: o genocida é seguramente misógino, sexista e machista, e tem doentia fixação no coito anal e inveja do gozo da homossexualidade. Tudo isto faz dele um homofóbico, não um gay. Gay sou: ser gay tem a ver com o orgulho de ser!". Logo depois, Maia respondeu de forma sucinta: "Jean, você pode ter razão".
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