CPI ouve o advogado, Marcos Tolentino da SilvaReprodução
Publicado 14/09/2021 11:52
Brasília - O advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva presta depoimento à CPI da Covid, nesta terça-feira, 14. Ele é suspeito de atuar como “sócio oculto” da empresa FIB Bank, que teria fornecido à Precisa Medicamentos uma garantia irregular no fechamento do contrato da vacina indiana Covaxin. Em fala inicial à comissão, Tolentino afirmou que conhece Francisco Maximiano e o atendeu em uma ação pessoal, no entanto afirmou que não participou de nenhum negócio com a Precisa.

“O ex-ministro Pazuello e o Maximiano nunca estiveram na minha residência para tratar de compras de vacinas ou sobre qualquer consórcio Covaxin”, afirmou. Veja:
"Em 2011 a Benetti passou uma procuração que dá poderes amplos e especiais a Tolentino em caráter irrevogável e irretratável para representá-lo na qualidade de cotista da empresa Pico do Juazeiro", afirmou o relator.
Anteriormente, o depoente ficou em silêncio após ser questionado sobre o real dono da FIB Bank. Renan Calheiros e outros senadores, como Tasso Jereissati (PSDB-CE), fizeram uma série de perguntas sobre as empresas de Tolentino e sua atuação como advogado.
Em resposta, ele admitiu que seu escritório de advocacia funciona no mesmo prédio de outras empresas sob suspeita dos parlamentares, entre elas a MB Guassu, que integralizou capital de R$ 7 bilhões para a FIB Bank a partir de um terreno. No entanto, se recusou a revelar o nome do dono do banco, sob alegação de que esta seria uma informação pública.
Após a sequência de questionamentos envolvendo a FIB Bank e a dificuldade no entendimento da estrutura societária da empresa, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) apontou que a mesma é uma "empresa de prateleira", com formação de capital suspeita.
“O FIB Bank não existe, no próprio nome ele é falso. Ele não existe porque ele foi constituído por uma empresa de prateleira, cujos sócios eram laranjas e já foram à Justiça dizer que nunca foram sócios”
Para ilustrar a relação do depoente com a Benetti, o senador e presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), leu novamente o depoimento inicial de Tolentino, em que ele afirma que, apesar de ter se desligado do quadro da Prestadora de Serviços, outros negócios, direitos e bens derivaram da empresa. Assista:
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