Publicado 14/09/2021 14:25 | Atualizado 14/09/2021 14:38
Brasília - O advogado e empresário Marcos Tolentino da Silva presta nesta terça-feira, 14, depoimento à CPI da Covid. Questionado pelos senadores, o depoente ficou em silêncio sobre sua relação com o FIB Bank, empresa na qual ele é suspeito de atuar como “sócio oculto”. Em seguida, o Senador e relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que, de acordo com as movimentações financeiras, Marcos Tolentino comanda as empresas Brasil Space Air Log, a Pico do Juazeiro e 'FIB Bank'.
“As movimentações financeiras realizadas entre a Brasil Space Air Log, a Pico do Juazeiro e o FIB Bank demonstram que Tolentino ainda comanda essas empresas, pelas procurações e pelas movimentações financeiras”, disse o relator. Veja:
“As movimentações financeiras realizadas entre a Brasil Space Air Log, a Pico do Juazeiro e o FIB Bank demonstram que Tolentino ainda comanda essas empresas, pelas procurações e pelas movimentações financeiras”, disse o relator. Veja:
Anteriormente, Marcos havia admitido ser sócio e advogado da Brasil Space Air Log, que está no nome de sua mãe.
“A CPI teve acesso a movimentações financeiras realizadas entre a Brasil Space Air Log, a Pico do Juazeiro e a FIB Bank. Uma cumplicidade, em sinal de que o senhor Tolentino ainda comanda essas empresas”, disse Calheiros.
Ainda segundo o relator, que citou uma matéria da Folha de S. Paulo, o pai de Tolentino entrou na sociedade da Brasil Space Air Log em 2010 e saiu em 2017. Já a mãe ingressou em 2014. Tolentino, por sua vez, virou sócio em 2018, mas abandonou a sociedade em 2020, deixando apenas a mãe, Valdete, de 81 anos.
Questionado pelo relator, Marcos Tolentino disse não lembrar quem são os sócios e qual é o ramo de atividade da Brasil Space Air Log. O advogado também não respondeu se a empresa tem contratos firmados com a Pico do Juazeiro e a FIB Bank.
Calheiros também apontou o uso de "laranjas" na composição da MB Guassu, outra empresa ligada ao FIB Bank, o que qualificou de "estilo que foi levado para a formação de quase todas as empresas do grupo" de Marcos Tolentino. Os proprietários da empresa seriam dois "laranjas" que não possuíam bens a declarar ao falecer, em 2020 e 2021.
Ao perguntar sobre a relação da Benetti com a MB Guassu, o depoente utilizou o direito ao silêncio.
O relator, por sua vez, ressaltou que Tolentino seria representante, procurador ou administrador das empresas FIB Bank, Pico do Juazeiro e MB Guassu, em caráter irretratável, sem a obrigatoriedade de prestação de contas. O que caracterizaria a propriedade de Tolentino sobre as empresas.
“A CPI teve acesso a movimentações financeiras realizadas entre a Brasil Space Air Log, a Pico do Juazeiro e a FIB Bank. Uma cumplicidade, em sinal de que o senhor Tolentino ainda comanda essas empresas”, disse Calheiros.
Ainda segundo o relator, que citou uma matéria da Folha de S. Paulo, o pai de Tolentino entrou na sociedade da Brasil Space Air Log em 2010 e saiu em 2017. Já a mãe ingressou em 2014. Tolentino, por sua vez, virou sócio em 2018, mas abandonou a sociedade em 2020, deixando apenas a mãe, Valdete, de 81 anos.
Questionado pelo relator, Marcos Tolentino disse não lembrar quem são os sócios e qual é o ramo de atividade da Brasil Space Air Log. O advogado também não respondeu se a empresa tem contratos firmados com a Pico do Juazeiro e a FIB Bank.
Calheiros também apontou o uso de "laranjas" na composição da MB Guassu, outra empresa ligada ao FIB Bank, o que qualificou de "estilo que foi levado para a formação de quase todas as empresas do grupo" de Marcos Tolentino. Os proprietários da empresa seriam dois "laranjas" que não possuíam bens a declarar ao falecer, em 2020 e 2021.
Ao perguntar sobre a relação da Benetti com a MB Guassu, o depoente utilizou o direito ao silêncio.
O relator, por sua vez, ressaltou que Tolentino seria representante, procurador ou administrador das empresas FIB Bank, Pico do Juazeiro e MB Guassu, em caráter irretratável, sem a obrigatoriedade de prestação de contas. O que caracterizaria a propriedade de Tolentino sobre as empresas.
Contradições
Após Tolentino afirmar desconhecer o processo de aquisição do certificado digital do FIB Bank, Calheiros exibiu um trecho do depoimento de Roberto Pereira Ramos Júnior à CPI da Covid em agosto.
Roberto é diretor-presidente da FIB Bank e, no vídeo, Calheiros questiona o empresário acerca dos trâmites para a aquisição do certificado digital da empresa. Ele, por sua vez, aponta a existência de uma procuração em nome de Tolentino para atuar no processo de certificação digital da FIB Bank. Assista:
Posteriormente, o diretor encaminhou e-mail informando à CPI que o documento não existia. Segundo Renan, o certificado era para usar nomes laranjas.
Acompanhe ao vivo:
Acompanhe ao vivo:
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.