Marconny Faria depõe a CPI nesta quarta-feira, 15 de setembroRoque de Sá/Agência Senado
Publicado 15/09/2021 17:18 | Atualizado 15/09/2021 17:49
O empresário Marconny Albernaz, apontado como lobista da Precisa Medicamentos, entrou para lista de investigados na CPI da Covid-19. Após votação entre os senadores, ficou decidido que o ativista anticorrupção passaria da condição de testemunha para a de investigado.
A decisão foi tomada pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL) após pedidos de diversos parlamentares. A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) afirmou que acredita que a medida pode auxiliar na investigação, com a quebra do sigilo de informações do empresário, como o bancário, telefônico e fiscal.

A senadora ainda contestou o empresário, que se baseou no sigilo profissional para permanecer em silêncio sobre sua ligação com a Precisa Medicamentos. Segundo, por não ter contrato formal como advogado da empresa, ele não teria direito a esse benefício.

Marconny, novamente, afirmou à senadora que seu contrato com a Precisa Medicamento, por 30 dias, foi apenas uma sondagem, sem qualquer formalização.
Durante a sessão, alguns senadores solicitaram que Marconny fosse preso. Otto Alencar (PSD-BA) afirmou à comissão que o empresário já havia omitido informações e mentido demais durante o seu depoimento. "Já passou da hora de ganhar uma pulseira", completou o Senador o senador.

Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou ao senador Otto Alencar (PSD-BA) que a CPI vai analisar o pedido de prisão de Marconny.
Proximidade com ex-mulher de Bolsonaro
Alessandro Vieira (Cidadania-SE) mencionou, ainda, alguns indícios de proximidade entre Marconny e Ana Cristina.
Ao defender o requerimento de convocação de Ana Cristina Valle, o senador mencionou "indícios veementes" de proximidade entre ela e o depoente Marconny Faria com o objetivo de indicação de autoridades e obtenção de vantagens futuras.

Vieira falou sobre mensagens trocadas entre Marconny e Ana Cristina que trataram de solicitação de atenção especial em um caso de corrupção e de interferência para nomeação em cargo público.

"A CPI precisa decidir se vai apurar os desdobramentos desta situação, ou se vai parar por aí e pagar o preço político. Esse preço não vai ser meu.", afirmou o parlamentar.
 
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