Sede do Ministério da Saúde sofre tentativa de invasão por manifestantes bolsonaristasAgência Brasil
Publicado 15/09/2021 20:54 | Atualizado 15/09/2021 20:56
Rio - O Ministério da Saúde manteve o intervalo de 12 semanas para aplicação da segunda dose da vacina AstraZeneca. O anúncio foi feito na noite desta quarta-feira (15) e a pasta recuou em relação ao imunizante da Fiocruz por conta dos atrasos nas últimas entregas, informou a CNN.
Anteriormente, a Saúde tinha divulgado que ia reduzir esse intervalo para 8 semanas. Já a vacina da Pfizer teve o período da aplicação entre as duas doses reduzido pelo menos período.
Na manhã desta quarta, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o País tem "excesso de vacinas" mesmo com diversas cidades brasileiras tendo registrado falta de doses da AstraZeneca.
"Há excesso de vacinas, na realidade. O Brasil já distribuiu 260 milhões de doses de vacinas, 210 milhões já foram aplicadas", disse Queiroga em evento no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O ministro acompanhava o envio das vacinas restantes para imunizar 100% da população adulta brasileira com a primeira dose. "Precisa acabar com essas narrativas de falta de vacina, isso não é procedente", acrescentou. 
Contudo, a suspensão por 15 dias das entregas da Fiocruz, que tem parceria com a AstraZeneca no Brasil, deixou cidades de São Paulo e Rio de Janeiro sem imunizantes para honrar o calendário de aplicação da segunda dose. As entregas já foram retomadas pela entidade.

Ainda assim, o fato foi minimizado por Queiroga nesta quarta-feira, que chegou a campanha de vacinação no Brasil de sucesso. "Não tem problema de AstraZeneca nenhum", atestou, no evento. "Eventualmente, pode haver algum retardo", ponderou, em seguida.

O estado de São Paulo decidiu aplicar Pfizer em quem estava com a segunda dose de AstraZeneca atrasada, na tentativa de cumprir os prazos da campanha de vacinação. A decisão, tomada de forma autônoma, foi novamente criticada por Queiroga.

"As recomendações técnicas (do Programa Nacional de Imunizações) devem ser seguidas por todos os entes federados. Se todos trabalharmos juntos, pararmos com essa torre de babel vacinal, nos livramos mais rápido dessa pandemia", declarou. 
 
*Com informações do Estadão Conteúdo
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