Publicado 21/09/2021 13:00 | Atualizado 21/09/2021 14:55
Brasília - A CPI da Covid ouve nesta terça-feira, 21, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. Em fala inicial, ele negou que ter cometido crime de prevaricação em relação a negociações irregulares no Ministério da Saúde, mas afirmou que apenas em junho de 2021 a CGU teve conhecimento, pela imprensa, acerca de suspeitas envolvendo negociações da Precisa Medicamentos.
Segundo o depoente, o começo das investigações que trouxeram à tona o nome de Marconny Albernaz de Faria, suspeito de atuar como lobista da Precisa Medicamentos, tem base em denúncia recebida em 2019 na CGU.
O órgão, junto com o Ministério Público e a Polícia Federal, começou a investigar o favorecimento de empresas no âmbito de licitações do Instituto Evandro Chagas, no Pará. No ano seguinte, em fevereiro, foi deflagrada a Operação Parasita na qual descobriu-se que Marconny teria recebido recursos de empresas investigadas. Foi deflagrada então a segunda fase: Operação Hospedeiro. Nesta fase, foi detectado o envolvimento de Marconny em tentativa irregular de negociação de 12 milhões de testes rápidos de covid-19.
Foi só no final de junho de 2021 que a CGU tomou conhecimento, segundo Rosário, por meio da imprensa, do envolvimento da Precisa em atividades suspeitas envolvendo o Ministério da Saúde. A CGU solicitou, então, o compartilhamento de informações, que recebeu autorização em 8 de julho, após decisão judicial.
Diante de tantas informações, o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu para que Wagner Rosário detalhasse a linha do tempo do compartilhamento de informações da Precisa, após a suspeita de irregularidades. O senador Marcos Rogério (DEM-RO), no entanto, interferiu na fala, criticando a interrupção dos 15 minutos iniciais dados ao depoente, resultando em uma discussão. Veja:
Segundo o depoente, o começo das investigações que trouxeram à tona o nome de Marconny Albernaz de Faria, suspeito de atuar como lobista da Precisa Medicamentos, tem base em denúncia recebida em 2019 na CGU.
O órgão, junto com o Ministério Público e a Polícia Federal, começou a investigar o favorecimento de empresas no âmbito de licitações do Instituto Evandro Chagas, no Pará. No ano seguinte, em fevereiro, foi deflagrada a Operação Parasita na qual descobriu-se que Marconny teria recebido recursos de empresas investigadas. Foi deflagrada então a segunda fase: Operação Hospedeiro. Nesta fase, foi detectado o envolvimento de Marconny em tentativa irregular de negociação de 12 milhões de testes rápidos de covid-19.
Foi só no final de junho de 2021 que a CGU tomou conhecimento, segundo Rosário, por meio da imprensa, do envolvimento da Precisa em atividades suspeitas envolvendo o Ministério da Saúde. A CGU solicitou, então, o compartilhamento de informações, que recebeu autorização em 8 de julho, após decisão judicial.
Diante de tantas informações, o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu para que Wagner Rosário detalhasse a linha do tempo do compartilhamento de informações da Precisa, após a suspeita de irregularidades. O senador Marcos Rogério (DEM-RO), no entanto, interferiu na fala, criticando a interrupção dos 15 minutos iniciais dados ao depoente, resultando em uma discussão. Veja:
“Por que você está assim hoje? Olhe nos meus olhos e diga”, disse Randolfe Rodrigues, que acusou Rogério de estar “instável psicologicamente”.
Críticas a Bolsonaro
Antes de começar a inquirição, o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), criticou o discurso de Jair Bolsonaro (sem partido) na Assembleia-Geral da ONU que consagrou, como disse, a “República do cercadinho”.
“Único líder não vacinado do G-20, Bolsonaro repetiu seu papel de figura rudimentar, anacrônica, transitória e propagadora de mentiras. Seu discurso foi uma mentira do início ao fim. O Brasil perdeu a credibilidade internacional, e a corrupção negada por ele na ONU foi comprovada em várias oportunidades aqui nesta Comissão Parlamentar de Inquérito”, disse de forma acertiva o senador.
Mais cedo, antes da fala do depoente, os senadores também criticaram a atuação de Bolsonaro desde sua chegada aos Estados Unidos.
O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) chegou a fazer referência às imagens de Bolsonaro e sua comitiva comendo uma pizza em calçada de Nova York. Segundo ele, os trabalhos da CPI, diferente da viagem de Bolsonaro, não acabarão em pizza.
O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) chegou a fazer referência às imagens de Bolsonaro e sua comitiva comendo uma pizza em calçada de Nova York. Segundo ele, os trabalhos da CPI, diferente da viagem de Bolsonaro, não acabarão em pizza.
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