Publicado 21/09/2021 20:44
Responsável por produzir no Brasil a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com o laboratório AstraZeneca, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) fará também a produção e desenvolvimento de um segundo imunizante contra a Covid-19. A decisão partiu da Organização Mundial da Saúde (OMS), que selecionou a Fiocruz como centro da América Latina para a execução do trabalho.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o imunizante em questão utiliza a tecnologia de RNA mensageiro em estágio pré-clínico, semelhante às vacinas americanas da Pfizer/ BioNTech e da Moderna. Para obter uma melhor resposta imunológica, ela expressa não apenas a proteína Spike, como também a proteína N.
A publicação explica que essa tecnologia demanda menos necessidades produtivas e, com isso, atinge uma escala superior a de outras vacinas de mRNA. Ademais, o custo também acaba sendo inferior, o que permite a ampliação do acesso ao imunizante.
A publicação explica que essa tecnologia demanda menos necessidades produtivas e, com isso, atinge uma escala superior a de outras vacinas de mRNA. Ademais, o custo também acaba sendo inferior, o que permite a ampliação do acesso ao imunizante.
"Esta será uma tecnologia que vem se somar à plataforma de adenovírus, utilizada na vacina Fiocruz/ AstraZeneca para a Covid-19. O desenvolvimento de uma vacina da Fiocruz de mRNA é um passo fundamental para que o Brasil detenha o domínio tecnológico de duas plataformas fundamentais para o avanço no desenvolvimento de imunobiológicos", ressaltou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, em texto publicado no site oficial da instituição. Para realizar esse projeto, a fundação participou, por meio do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/ Fiocruz), de uma chamada mundial lançada em abril deste ano. A disputa ocorreu entre cerca de 30 empresas e instituições latino-americanas.
Diante desse resultado, uma vez produzida a vacina, a fundação se comprometeu a compartilhar seus processos para que outros laboratórios da região também possam produzi-la. Antes disso, o imunizante vai passar por um processo de pré-qualificação da OMS para verificar se ele atende aos padrões internacionais de eficácia, qualidade e segurança.
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