Presidente da República Jair Messias BolsonaroDivulgação
Publicado 27/09/2021 13:12
Durante cerimônia no Palácio do Planalto nesta segunda-feira, 27, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que as Forças Armadas não irão cumprir “ordens absurdas” do governo ou qualquer de outro. Bolsonaro também fez questão de defender que o Exército, a Marinha e a Aeronáutica sejam tratados com respeito.
"As Forças Armadas estão aqui, elas estão sob meu comando, sim. Se eu der ordem absurdas, elas vão cumprir? Não, nem a mim nem a governo nenhum. E as Forças Armadas têm que ser tratadas com respeito", disse.
O chefe do Executivo também disse que a presença de um número elevado de militares no governo, que supera, inclusive, o período da ditadura militar (1964-1985), existe por conta do seu ciclo de amizades, que é composto por pessoas originadas das três Forças.
"Alguns criticam que eu botei militar demais, mais até, proporcionalmente, do que os governos de Castello Branco a Figueiredo. Sim, é verdade, é meu ciclo de amizade, assim como de outros presidentes foram de outras pessoas. Eram o ciclo de amizade deles. Comparem hoje todos os nossos ministros, incluindo os civis, com os que nos antecederam. É simples: queremos a volta disso?", questionou o presidente da República.
Generais foram indicados por Bolsonaro para postos-chave de seu ministério, como o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), comandado por Augusto Heleno. O presidente havia colocado outros militares em cargos políticos, mas pressões políticas fizeram que com ele precisasse realizar algumas trocas e colocar parlamentares nesses postos.
O presidente afirmou ainda que criação do Ministério da Defesa, no ano de 1999, ocorreu por imposição política. A pasta foi criada por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC). A declaração já foi dada por Bolsonaro em outros momentos para se defender do voto contrário à criação da pasta, quando ele ainda era deputado federal.
“Quando criaram a Defesa, em 99, não foi por uma necessidade militar, foi por uma imposição política para tirar os militares desse prédio [Palácio do Planalto]”, concluiu.
 
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