Publicado 30/09/2021 14:23 | Atualizado 30/09/2021 14:23
Rio - O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (30), aponta sinal de estabilidade no país agora no mais baixo patamar desde o início da epidemia no Brasil. A análise mostra que cinco dos 27 estados registraram sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a Semana Epidemiológica (SE) 38, de 19 a 25 de setembro: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Pará e Rondônia. Dentre os demais, 14 apresentam sinal de queda na tendência de longo prazo. São eles: Acre, Amapá, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima, São Paulo e Tocantins.
O estudo destaca também que Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro são as únicas unidades federativas que apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo. Atualmente, cerca e 96% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial de vírus respiratório correspondem a infecções por Sars-CoV-2.
Em relações às regiões, no Sudeste, Belo Horizonte apresenta indícios de crescimento abrupto, uma quebra no padrão observado no quadro geral do momento e que ainda não se verifica no dado estadual. Segundo o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, esse aumento pode estar associado a alterações no fluxo de notificações combinado com ligeiro crescimento na estimativa de casos semanais na população idosa, sendo necessário uma reavaliação ao longo das próximas semanas. Os estados de São Paulo e Minas Gerais mantêm o volume de casos semanais em crianças de 0 a 9 anos significativamente elevado. No Espírito Santo, que apresenta aumento apenas na tendência de curto prazo, os dados por faixa etária sugerem crescimento concentrado na população idosa. Já o Rio de Janeiro está com sinal de estabilização, mas mantém queda na população acima de 70 anos, que havia puxado a tendência de crescimento durante o inverno.
O cenário no Centro-Oeste mostra que o Distrito Federal está com sinal claro de retomada do crescimento, puxado pela população com mais de 70 anos. Os demais estados apresentam estabilidade, com atenção especial para os casos de SRAG em crianças no Mato Grosso do Sul, que mantém estabilidade em patamar similar ao pico do inverno de 2020.
Na região Norte, o panorama sugere apenas algumas oscilações em todos os estados, com sinal de crescimento na tendência de curto prazo em alguns deles. Ainda assim, os valores são os menores desde o início da epidemia. A situação é parecida no Nordeste, com indicativos de queda ou estabilidade em patamares baixos, ainda que na Bahia tenha sido registrado sinal de crescimento na tendência de curto prazo. Gomes chama atenção que no Nordeste foi verificada manutenção do crescimento dos casos de SRAG em crianças de 0 a 9 anos no estado baiano.
Já no Sul, há sinal de estabilidade ou queda nos estados e capitais, porém mantendo estabilidade em valores significativamente elevados nas crianças de 0 até 9 anos, sendo a região que mais preocupa em relação a essa faixa etária. Foi também onde se registrou contribuição importante de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) nas crianças.
O cenário no Centro-Oeste mostra que o Distrito Federal está com sinal claro de retomada do crescimento, puxado pela população com mais de 70 anos. Os demais estados apresentam estabilidade, com atenção especial para os casos de SRAG em crianças no Mato Grosso do Sul, que mantém estabilidade em patamar similar ao pico do inverno de 2020.
Na região Norte, o panorama sugere apenas algumas oscilações em todos os estados, com sinal de crescimento na tendência de curto prazo em alguns deles. Ainda assim, os valores são os menores desde o início da epidemia. A situação é parecida no Nordeste, com indicativos de queda ou estabilidade em patamares baixos, ainda que na Bahia tenha sido registrado sinal de crescimento na tendência de curto prazo. Gomes chama atenção que no Nordeste foi verificada manutenção do crescimento dos casos de SRAG em crianças de 0 a 9 anos no estado baiano.
Já no Sul, há sinal de estabilidade ou queda nos estados e capitais, porém mantendo estabilidade em valores significativamente elevados nas crianças de 0 até 9 anos, sendo a região que mais preocupa em relação a essa faixa etária. Foi também onde se registrou contribuição importante de casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) nas crianças.
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