Publicado 20/10/2021 16:35
O Ministério da Saúde firmou um contrato emergencial de R$ 9,3 milhões com uma empresa que não tinha capacidade técnica para a realização do serviço solicitado. O acordo foi firmado em setembro do ano passado, sem licitação, pelo Hospital Federal dos Servidores do Rio de Janeiro. Três meses depois, a própria unidade de saúde reconheceu a incapacidade da contratada.
Segundo a Folha de S. Paulo, a empresa em questão é a Alimentação Global Service, duas vezes acusada de ter fraudado licitações. Inclusive, um mês após a assinatura do contrato com o governo federal, o dono da empresa, Emerson Freire Ramos, foi alvo de um mandado de prisão por envolvimento em um suposto esquema de fraude de contratos emergenciais com a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio.
No caso do contrato com o Ministério da Saúde, ela deveria prestar os serviços de preparo, manipulação, fornecimento e distribuição de refeições no hospital. Mas, de acordo com a publicação, uma série de irregularidades foi apontada. Uma delas se refere aos quatro atestados de capacidade técnica necessários, já que apenas um foi emitido por uma unidade de saúde e com registro de quantidade de refeições entregues mensalmente menor do que o exigido pelo hospital.
No caso do contrato com o Ministério da Saúde, ela deveria prestar os serviços de preparo, manipulação, fornecimento e distribuição de refeições no hospital. Mas, de acordo com a publicação, uma série de irregularidades foi apontada. Uma delas se refere aos quatro atestados de capacidade técnica necessários, já que apenas um foi emitido por uma unidade de saúde e com registro de quantidade de refeições entregues mensalmente menor do que o exigido pelo hospital.
Por exemplo, a Alimentação Global mostrou ter fornecido 31,8 mil refeições mensais à Santa Casa de Misericórdia de Vitória (ES). Porém, a demanda no Hospital dos Servidores era de 85 mil refeições por mês.
Em meio a isso, as suspeitas de irregularidades entraram na mira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia. O relatório final pede o aprofundamento das investigações pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Procurado pela reportagem, o Ministério da Saúde não respondeu às perguntas. Já os representantes da empresa não foram localizados.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.