Publicado 26/10/2021 12:46 | Atualizado 26/10/2021 13:04
Brasília - O relator da CPI da Covid, senador Renan Calheiros (MDB-AL), pediu o indiciamento de Luis Carlos Heinze (PP-RS), que também é membro da comissão. A decisão foi tomada após a apresentação do voto em separado do governista, no qual ele apresentou falas em defesa de medicamentos ineficazes no combate à covid-19.
O pedido para Heinze ser incluído na lista do relatório final foi feito pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
“Lamento muito, mas se faz necessário apresentar nesse instante ao relator o pedido de indiciamento do senador Luis Carlos Heinze, pelos mesmos tipos penais que foram atribuídos a outros parlamentares federais, que da mesma forma, reiteradamente disseminaram notícias falsas que impactam na vida. O senador Luis Carlos Heinze é respeitado no Rio Grande do Sul e o que ele fala repercute no estado. Os dados que ele repete aqui são comprovadamente falsos”, disse Vieira.
Durante sua fala, Heinze manifestou apoio ao Conselho Federal de Medicina (CFM) pela defesa da autonomia médica durante a pandemia e afirmou que seu relatório inclui centenas de estudos sobre o uso de substâncias no tratamento da covid-19 feitas por "cientistas, não charlatões". “São pesquisas que o Ministério Público e a Procuradoria Geral da República vão se debruçar. Não são factóides, não são narrativas”, apontou.
O governista também classificou alguns integrantes da CPI como defensores de “concepções facciosas” e “ajudantes de ordem” de Renan. O parlamentar disse que houve “muita incoerência, pressão e interrupção” nos trabalhos da comissão durante o depoimento de testemunhas entusiastas da cloroquina e do tratamento precoce, como a oncologista Nise Yamaguchi.
“Ninguém é contra a vacina. Não se pode confundir prevenção com tratamento. A vacina e os fármacos são complementares. Diversos senadores, inclusive, confessaram ter usado a cloroquina”, colocou.
Calheiros acatou o pedido do senador Vieira, elevando para 81 o número de indiciados no relatório final da CPI da Covid.
“Apesar das advertências, o senador Heinze rescindiu todos os dias apresentando estudos falsos, logo negados pela ciência. E pela maneira como incitou ao crime em todos os momentos, eu queria, nessa última sessão, dar um último presente a vossa excelência. Vossa excelência será o octogésimo primeiro indiciado dessa Comissão Parlamentar de Inquérito”, disse o relator.
O pedido para Heinze ser incluído na lista do relatório final foi feito pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
“Lamento muito, mas se faz necessário apresentar nesse instante ao relator o pedido de indiciamento do senador Luis Carlos Heinze, pelos mesmos tipos penais que foram atribuídos a outros parlamentares federais, que da mesma forma, reiteradamente disseminaram notícias falsas que impactam na vida. O senador Luis Carlos Heinze é respeitado no Rio Grande do Sul e o que ele fala repercute no estado. Os dados que ele repete aqui são comprovadamente falsos”, disse Vieira.
Durante sua fala, Heinze manifestou apoio ao Conselho Federal de Medicina (CFM) pela defesa da autonomia médica durante a pandemia e afirmou que seu relatório inclui centenas de estudos sobre o uso de substâncias no tratamento da covid-19 feitas por "cientistas, não charlatões". “São pesquisas que o Ministério Público e a Procuradoria Geral da República vão se debruçar. Não são factóides, não são narrativas”, apontou.
O governista também classificou alguns integrantes da CPI como defensores de “concepções facciosas” e “ajudantes de ordem” de Renan. O parlamentar disse que houve “muita incoerência, pressão e interrupção” nos trabalhos da comissão durante o depoimento de testemunhas entusiastas da cloroquina e do tratamento precoce, como a oncologista Nise Yamaguchi.
“Ninguém é contra a vacina. Não se pode confundir prevenção com tratamento. A vacina e os fármacos são complementares. Diversos senadores, inclusive, confessaram ter usado a cloroquina”, colocou.
Calheiros acatou o pedido do senador Vieira, elevando para 81 o número de indiciados no relatório final da CPI da Covid.
“Apesar das advertências, o senador Heinze rescindiu todos os dias apresentando estudos falsos, logo negados pela ciência. E pela maneira como incitou ao crime em todos os momentos, eu queria, nessa última sessão, dar um último presente a vossa excelência. Vossa excelência será o octogésimo primeiro indiciado dessa Comissão Parlamentar de Inquérito”, disse o relator.
Reação
Membros da Tropa de choque do governo, o senador Eduardo Braga (MDB-PE) e Marcos Rogério (DEM-RO), pediram que a cúpula do colegiado revisse a decisão. O presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que não colocaria o requerimento em votação no colegiado, porque seria uma decisão de Renan Calheiros acatar ou não. "Essa é uma decisão exclusiva do relator". Calheiros adiantou que acataria a recomendação.
Em reação, o senador Jorginho Mello (PL-RS) sugeriu que Renan também deveria ser incluído na lista de indicados. "O senhor (Renan) também constitui uma narrativa para condenar o presidente Jair Bolsonaro, então o senhor deveria ser indiciado também", declarou.
Eduardo Girão (Podemos-CE), que se declara independente mas teve uma postura alinhada ao governo na CPI, também entrou pro coro de apelação para que a decisão fosse revista para que a CPI não se "desmoralizasse" com um "final melancólico".
Membros da Tropa de choque do governo, o senador Eduardo Braga (MDB-PE) e Marcos Rogério (DEM-RO), pediram que a cúpula do colegiado revisse a decisão. O presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que não colocaria o requerimento em votação no colegiado, porque seria uma decisão de Renan Calheiros acatar ou não. "Essa é uma decisão exclusiva do relator". Calheiros adiantou que acataria a recomendação.
Em reação, o senador Jorginho Mello (PL-RS) sugeriu que Renan também deveria ser incluído na lista de indicados. "O senhor (Renan) também constitui uma narrativa para condenar o presidente Jair Bolsonaro, então o senhor deveria ser indiciado também", declarou.
Eduardo Girão (Podemos-CE), que se declara independente mas teve uma postura alinhada ao governo na CPI, também entrou pro coro de apelação para que a decisão fosse revista para que a CPI não se "desmoralizasse" com um "final melancólico".
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*Com informações do Estadão Conteúdo
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