Após sofrer críticas da imprensa italiana por caminhar no centro de Roma em meio a um grupo de aproximadamente 30 pessoas aglomeradas, grande parte sem máscaras, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), decidiu por usar a proteção facial quando chegou para a cúpula do G20, neste sábado, 30, por volta das 10h50. O chefe do Executivo brasileiro foi recebido pelo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, que preside esta edição do G20, e tirou a máscara para fazer a foto oficial. No interior do local do evento, os líderes não utilizavam a proteção. O passeio desta última sexta-feira foi organizado pelo deputado ítalo-brasileiro Luis Roberto Lorenzato, que divulgou imagens de Bolsonaro caminhando por pontos turísticos. Ele tem sido o articulador entre o presidente brasileiro e figuras da direita italiana. Em vídeos reproduzidos por telejornais da Itália, o presidente brasileiro não seguia as orientações sanitárias do país, em que se recomenda o uso de máscara em ambientes abertos onde não seja possível manter o distanciamento físico, como foi o caso da aglomeração provocada por Bolsonaro. Os jornalistas também ironizaram o fato de que, na loja de embutidos que visitou, Bolsonaro tenha recusado um café e preferido uma Coca-Cola. \"Ele vai entrar para a história como o único presidente brasileiro que veio a Roma e recusou um café, logo este produto que representa uma conexão entre os dois países\", afirmou o apresentador de um telejornal da emissora Rai, na manhã deste sábado. Neste sábado, de acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência, não havia, até as 13h (horário local), nenhuma previsão de que o presidente falasse sobre os encontros previstos em Roma: às 16h, ele se reúne com Mathias Cormann, secretário-geral da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), grupo de países nos quais o Brasil pleiteia ingressar.
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