Publicado 30/10/2021 14:17
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) destacou neste sábado, 30, diante dos líderes das principais economias do mundo, em seu primeiro discurso na Cúpula do G20 em Roma, na Itália, o avanço da vacinação contra a covid-19. Em um tom diferente do habitual, as falas do presidente vão na contramão daquilo que habitualmente defendeu durante o enfrentamento da pandemia no Brasil.
"No Brasil, mais da metade da população nacional já estão plenamente imunizados de forma voluntária. Mais de 94% da população adulta já receberam pelo menos uma dose da vacina. Ao todo, aplicamos mais de 260 milhões de doses, das quais mais de 140 milhões foram produzidas em território nacional", afirmou Bolsonaro.
Porém, durante o seu discurso, o chefe do Executo brasileiro não mencionou o fatos de ele ter se recusado a se vacinar e de ter feito diversos ataques à obrigatoriedade da vacina. Apesar de se declarar publicamente contrário ao passaporte da vacina, ele ressaltou que o esforço dos integrantes do G20 deveriam ser focados no combate à epidemia da Covid-19.
"Entendemos, portanto, caber ao G20 esforços adicionais pela produção de vacinas, medicamentos e tratamentos nos países em desenvolvimento", acrescentou.
Bolsonaro afirmou ainda que, além da vacinação, o governo brasileiro trabalha uma agenda econômica para minimizar os efeitos da pandemia no país e, assim, assegurar a retomada do crescimento econômico. Sem citar o atraso do governo para dar início a vacinação contra a covid-19 no país, Bolsonaro disse que o Brasil se comprometeu com "um programa eficiente de vacinação".
"O Brasil se comprometeu com um programa extensivo e eficiente de vacinação, em paralelo a uma agenda de auxílio emergencial e preservação do emprego para a proteção dos mais vulneráveis. Estamos igualmente comprometidos com uma agenda de reformas estruturantes, essenciais para uma retomada econômica sustentada. Já conseguimos atrair um volume superior a US$ 110 bilhões em investimentos nos setores de infraestrutura e temos a expectativa de alcançar valores ainda superiores até 2022".
O presidente ressaltou a importância de um "comércio internacional livre de medidas distorcidas e discriminatórias". A defesa de respostas robustas para a recuperação econômica no pós-pandemia e um comércio internacional com menos barreiras tarifárias será uma das principais bandeiras do Brasil no encontro, lembrando que o comércio e os investimentos internacionais são instrumentos poderosos para a promoção do desenvolvimento sustentável.
"Gradualmente, nossas economias recuperam-se à medida em que a crise sanitária é superada. Esses dois processos de recuperação caminham lado a lado. Ambos têm mostrado a relevância de promovermos um comércio internacional livre de medidas distorcidas e discriminatórias", argumentou.
*Com informações da Agência Brasil
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