Publicado 03/11/2021 15:57
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, nesta quarta-feira, 3, a jovem indígena brasileira, Walelasoetxeige Paiter Bandeira Suruí, que discursou na Cúpula de Líderes da COP 26, em Glasgow, e afirmou que ela teria ido à conferência para "atacar o Brasil". Na ocasião, a ativista fez uma declaração enérgica a favor do combate à mudança climática e em defesa da natureza.
"Estão reclamando que eu não fui para Glasgow. Levaram uma índia para lá, para substituir o Raoni, para atacar o Brasil. Alguém viu algum alemão atacando a energia fóssil da Alemanha? Alguém já viu (alguém) atacando a França porque lá a legislação ambiental não é nada perto da nossa? Ninguém critica o próprio país. Alguém já viu o americano criticando as queimadas no estado da Califórnia? É só aqui", declarou o mandatário.
Ao discursar em inglês, com um traje tradicional e rosto pintando, diante de uma audiência de mais de 120 líderes globais, Suruí fez referência ao seu povo: "Tenho 24 anos, mas meu povo vive no Amazonas há 6 mil anos", começou lendo, além de reivindicar a riqueza ecológica como herança de seus antepassados e exigir proteção para os líderes indígenas. "Hoje o clima está esquentando, os animais estão desaparecendo, os rios estão morrendo e nossas plantas não florescem como antes", explicou.
A estudante de direito falou pouco antes do secretário-geral da ONU, António Guterres, que pediu por sua vez aos líderes presentes que cheguem a acordos para "salvar a humanidade" da mudança climática. "A Terra está falando conosco e está dizendo que não temos mais tempo", ressaltou a jovem brasileira.
"Precisamos de outro caminho. Não em 2030, não em 2050, mas agora", disse a indígena, referindo-se às principais metas de progresso estabelecidas pela comunidade internacional. Temos ideias para adiar o fim do mundo. Acabemos com as mentiras", pediu.
A estudante de direito falou pouco antes do secretário-geral da ONU, António Guterres, que pediu por sua vez aos líderes presentes que cheguem a acordos para "salvar a humanidade" da mudança climática. "A Terra está falando conosco e está dizendo que não temos mais tempo", ressaltou a jovem brasileira.
"Precisamos de outro caminho. Não em 2030, não em 2050, mas agora", disse a indígena, referindo-se às principais metas de progresso estabelecidas pela comunidade internacional. Temos ideias para adiar o fim do mundo. Acabemos com as mentiras", pediu.
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