Publicado 09/11/2021 12:43
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que o Brasil tem muitos pontos positivos em relação a ações ligadas ao meio ambiente, mas alertou que o País também precisa fazer sua "mea culpa" em relação a ações negativas e que são observadas por todo o mundo, como, principalmente, o desmatamento. "Temos muitas coisas positivas a externar. Evidentemente que o Brasil pode dizer sobre sua energia limpa", disse, lembrando que 83% da matriz energética doméstica é baseada em energia hidrelétrica, solar, eólica e de biomassa.
Segundo o senador, a "verdadeira corrida no ouro" no Brasil hoje é energia solar porque é limpa e têm caráter econômico. Pacheco disse que se não houver responsabilidade em relação ao tema no País será difícil manter um diálogo com entes internacionais. Ao lado do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, ele disse que o Brasil vinha numa toada em relação ao desmatamento relativamente eficiente.
"Mas, convenhamos: nós temos que fazer mea culpa e reconhecer nossos erros", disse. Ele citou que Leite é o chefe da delegação brasileira na COP-26, que o Congresso está representado por vários parlamentares no evento e ressaltou que nem sempre as avaliações em torno do tema são convergentes. "É a divergência própria da democracia", acrescentou. O presidente Jair Bolsonaro desistiu de participar da Convenção, que conta hoje com a presença de vários deputados, senadores, governadores, prefeitos e outras autoridades do governo.
"Acho que a premissa de toda a negociação precisa ser verdadeira, real, não pode ser ocultada: nós temos um problema grave no Brasil de desmatamento ilegal das nossas florestas", constatou. "Isso é evidente e obviamente impacta naquilo que temos de responsabilidade ambiental", disse, na abertura de evento organizado no Pavilhão Brasil na COP-26, em Glasgow, na Escócia.
O desmatamento no Brasil alarma o mundo, conforme Pacheco, e constitui numa narrativa consistente e forte em relação ao País. "Isso faz com que nós tenhamos uma crise de imagem em relação aos demais 194 países. Então, reconhecê-lo é fundamental", defendeu o parlamentar.
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