Fotos mostram cabos enrolados em hélice de avião que levava Marília Mendonça e caiu na última sexta-feira, 5Divulgação/Fervel Auto Socorro
Publicado 09/11/2021 14:50
Os destroços do avião que caiu na zona rural de Caratinga, em Minas Gerais, e provocou a morte da cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas foram encaminhados para o Rio de Janeiro na tarde desta terça-feira (9). 
Já os dois motores da aeronave serão levados para Sorocaba, no interior de São Paulo, onde serão analisados por especialista nesses equipamentos. No caso dessas peças, o transporte está previsto para ocorrer nesta quarta-feira (10).
Nesta segunda-feira, as equipes trabalharam para recolher todas as partes do avião, incluindo os dois motores. Os funcionários conseguiram finalizar o trabalho ao longo do dia. O resgate contou com equipes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e de uma empresa de guincho particular.
No caso dos motores, a equipe da empresa particular, contratada pela PEC Táxi Aéreo, dona da aeronave que caiu, enfrentou dificuldade para o recolhimento, já que as peças estavam em locais de difícil acesso.
Na noite desta segunda-feira, a Polícia Civil de Caratinga informou que um dos motores foi encontrado um cabo enrolado em uma das hélices do avião. Entretanto, não há como afirmar se é um cabo que se rompeu na torre de transmissão de energia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
O trabalho de retirada da aeronave já havia começado no sábado, (6). No dia, o avião já havia sido retirado da correnteza da cachoeira, onde havia caído, e deixada ao lado. Durante a operação, as equipes contaram com o apoio de um guindaste para içar o avião até um terreno mais alto. As asas do avião bimotor também foram cortadas para facilitar o deslocamento. 
Chegada no Rio
As peças serão levadas de caminhão para o Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, onde terá outra etapa da perícia. De acordo com o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), os investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), órgão regional do Cenipa no Rio de Janeiro, vão continuar os trabalhos de Ação Inicial do acidente, para continuação das investigações.
O processo de investigação do Cenipa será dividido em três etapas:
- A primeira etapa será a de coleta de dados, onde todas as informações do acidente serão reunidas.
- A segunda será a de análise de dados, onde serão investigados os sistemas da aeronave e se fatores humanos e operacionais (como a rota da viagem e as condições climáticas) tiveram influência no acidente. Nesse etapa, pilotos, mecânicos, médicos legistas e psicólogos podem ser entrevistados pelo órgão para auxiliar no embasamento de informações.
- Por fim, após a conclusão do relatório final, terá a última etapa da investigação, que será a de apresentação dos resultados.
O Cenipa informou que as investigações do acidente podem levar podem levar de seis meses a um ano e que elas tem como objetivo prevenir outros acidentes semelhantes. A entidade também vai investigar os fatores determinantes para o acidente e destaca que a conclusão “terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade de cada ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os fatores contribuintes”.
O órgão confirmou, no sábado, 6, que a aeronave não tinha caixa-preta, mas foi encontrado um spot geolocalizador, que será confrontado com o plano de voo e poderá ajudar a entender as causas do acidente.
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