Publicado 15/11/2021 19:32 | Atualizado 15/11/2021 19:35
Brasília - A Controladoria-Geral da União (CGU) recomendou apuração de supostas irregularidades na Nuclebrás Equipamentos Pesados (Nuclep), estatal controlada por oficiais de alta patente da Marinha, após quatro motoristas serem promovidos a assistentes, um cargo de confiança, cujo salário é 447% maior que o anterior. O caso foi revelado pela Folha de São Paulo.
A manobra de troca de cargo teria sido comandada pelo atual presidente Carlos Henrique Silva Seixas . O salário dos motoristas era de R$ 3.400 por mês e passou para R$ 18,6 mil mensais. A CGU aponta prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. Nesse período eles continuaram atuando como motoristas, mas acumulavam a função de assistente.
Um dos documentos que a Folha teve acesso propõe "devido ressarcimento" vo montante à Nuclep. Dentro da estatal o caso foi arquivado após apuração interna que destituiu os motoristas dos cargos. Não houve reparo ao erário.
Em 3 de agosto de 2016 a diretoria-executiva da Nuclep aprovou a oferta dos cargos de confiança aos motoristas. Dois tinham o ensino fundamental completo, e dois, o ensino médio.
Estavam na reunião que selou a promoção o contra-almirante da reserva Carlos Henrique Silva Seixas, atual presidente da Nuclep, e o vice-almirante Liberal Enio Zanelatto. Seixas era diretor administrativo, e hoje é presidente da Nuclep. Zanelatto era diretor industrial da estatal. Hoje, é diretor industrial da Marinha.
Seixas recebe R$ 60,6 mil brutos. Ele acumula o salário da Marinha e o da Nuclep e é um dos 16 militares que presidem estatais no governo do presidente Jair Bolsonaro.
A manobra de troca de cargo teria sido comandada pelo atual presidente Carlos Henrique Silva Seixas . O salário dos motoristas era de R$ 3.400 por mês e passou para R$ 18,6 mil mensais. A CGU aponta prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. Nesse período eles continuaram atuando como motoristas, mas acumulavam a função de assistente.
Um dos documentos que a Folha teve acesso propõe "devido ressarcimento" vo montante à Nuclep. Dentro da estatal o caso foi arquivado após apuração interna que destituiu os motoristas dos cargos. Não houve reparo ao erário.
Em 3 de agosto de 2016 a diretoria-executiva da Nuclep aprovou a oferta dos cargos de confiança aos motoristas. Dois tinham o ensino fundamental completo, e dois, o ensino médio.
Estavam na reunião que selou a promoção o contra-almirante da reserva Carlos Henrique Silva Seixas, atual presidente da Nuclep, e o vice-almirante Liberal Enio Zanelatto. Seixas era diretor administrativo, e hoje é presidente da Nuclep. Zanelatto era diretor industrial da estatal. Hoje, é diretor industrial da Marinha.
Seixas recebe R$ 60,6 mil brutos. Ele acumula o salário da Marinha e o da Nuclep e é um dos 16 militares que presidem estatais no governo do presidente Jair Bolsonaro.
"O diretor administrativo confirmou a proposta apresentada, manifestando-se favoravelmente à implementação", registra a ata da reunião. A proposta foi aprovada por unanimidade.
O prejuízo de R$ 1,4 milhão se deu entre 2016 e em 2017. A estatal deixou de reduzir ainda R$ 294 mil em horas extras, segundo a auditoria da CGU. Nesse período o Ministro de Minas e Energia no governo Jair Bolsonaro, o almirante de esquadra da reserva Bento Albuquerque integrava o Conselho de Administração da Nuclep.
"Atos de nomeação para cargos e funções eram de competência da diretoria-executiva, não havendo acompanhamento nem aprovação do conselho", afirmou o MME (Ministério de Minas e Energia), em nota à Folha.
Os motoristas voltaram para seus cargos de origem em maio de 2018.
"Atos de nomeação para cargos e funções eram de competência da diretoria-executiva, não havendo acompanhamento nem aprovação do conselho", afirmou o MME (Ministério de Minas e Energia), em nota à Folha.
Os motoristas voltaram para seus cargos de origem em maio de 2018.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.