Suspeito ostentava carros de luxo em foto nas redes sociaisReprodução / Instagram
Publicado 16/11/2021 14:20 | Atualizado 16/11/2021 16:12
Brasília - A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (16), o sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Ronie Peter Fernandes da Silva, suspeito de chefiar um esquema de agiotagem e extorsão na capital. Nas redes sociais, o servidor ostentava uma vida de luxo, como empresário, policial e admirador de viagens e carros. Outras seis pessoas suspeitas de participação na quadrilha foram presas.


Em seu perfil no Instagram, Ronie exibia uma coleção de carros, além de fotos de passeio com lanchas, jet-ski e viagens a diversos países. Maldivas, Portugal, Emirados Árabes, Espanha, Tailândia e México estão entre os lugares visitados e registrados pelo policial na rede social.

A Operação S.O.S Malibu foi deflagrada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF) e cumpriu 15 mandados judiciais em Vicente Pires, Taguatinga e São Paulo.

Segundo a investigação, o comando da quadrilha era feito pelo sargento e por outro membro da família. Esses dois suspeitos emprestavam valores e cobravam os endividados com juros superiores aos permitidos por lei, mediante ameaças. Em algumas situações, eles tomavam veículos e exigiam transferência de imóveis das vítimas.

A operação identificou que o grupo movimentou mais de R$ 8 milhões nos últimos seis meses. Policiais também apreenderam quatro veículos de luxo, avaliados em R$ 3 milhões. Segundo a polícia, os automóveis eram adquiridos e registrados em nome de terceiros para ocultar o esquema de agiotagem.

Cinco dos membros presos atuavam como operadores financeiros, fazendo transações e saques em contas de empresas de fachada. Desses cinco, três eram responsáveis pela ocultação do dinheiro. Eles cediam os nomes para registro dos veículos de alto luxo, cujo dono era o sargento.
Procurada, a Polícia Militar do DF informou que já instaurou um procedimento para apurar o caso e que a "instituição não compactua com qualquer desvio de conduta de seus integrantes". "Comprovado os indícios de irregularidades ou crime, todas as medidas cabíveis ao caso serão tomadas", disse a PM em nota enviada à imprensa.
Até o momento, a reportagem não conseguiu contato com a defesa dos suspeitos.
 
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