Publicado 17/11/2021 12:49 | Atualizado 17/11/2021 13:41
A professora de uma escola municipal Tânia Maruska Petersen foi barrada de entrar na Secretaria Municipal de Educação, em Natal, no Rio Grande do Norte, sob a justificativa de que estava vestida com "uma roupa inadequada".
O caso aconteceu na quinta-feira passada, 11, e foi denunciado pela docente. A proibição partiu do chefe de patrimônio da pasta e de um segurança. Após o episódio, a educadora afirmou que se tratou de um caso "típico de machismo".
Ela, que trabalha na Escola Municipal Zuleide Fernandes como conselheira escolar, esteve no local para resolver questões relativas ao trabalho e assinar documentos.
Ao G1, a professora falou sobre o caso e disse ser "inadmissível" isso acontecer. "Em pleno século 21 é inadmissível que uma mulher seja julgada pela roupa que está usando. Principalmente porque o meu vestido não é inadequado. Fica claro que é mais um caso de machismo", afirmou a professora.
A professora disse que o segurança já chegou dizendo que achava que ela não poderia entrar por causa
de sua roupa e iria acionar o chefe.
O caso aconteceu na quinta-feira passada, 11, e foi denunciado pela docente. A proibição partiu do chefe de patrimônio da pasta e de um segurança. Após o episódio, a educadora afirmou que se tratou de um caso "típico de machismo".
Ela, que trabalha na Escola Municipal Zuleide Fernandes como conselheira escolar, esteve no local para resolver questões relativas ao trabalho e assinar documentos.
Ao G1, a professora falou sobre o caso e disse ser "inadmissível" isso acontecer. "Em pleno século 21 é inadmissível que uma mulher seja julgada pela roupa que está usando. Principalmente porque o meu vestido não é inadequado. Fica claro que é mais um caso de machismo", afirmou a professora.
A professora disse que o segurança já chegou dizendo que achava que ela não poderia entrar por causa
de sua roupa e iria acionar o chefe.
"Eu perguntei quais eram os critérios, já que eu estava com um vestido normal, que eu já usei em outros dias de trabalho e já entrei em outros prédios públicos. Ele respondeu que existia uma portaria que explicava quais roupas não eram adequadas, que eu era uma educadora e que aquela não era roupa de uma educadora", afirmou, que se sentiu intimidada, constrangida e humilhada.
"Fiquei muito triste, envergonhada, foi uma situação vexatória. Eu sou uma excelente profissional. Eu estudo, invisto no meu trabalho, chego cedo, cumpro minhas atividades, e vou ser julgada pela roupa que eu uso?", questionou ela.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte/RN) afirmou que o caso é um "absurdo, inaceitável e lamentável". Eles se solidarizam com a professora e se comprometem a lutar contra o machismo onde quer que ele esteja.
A pasta afirmou que apura os fatos para tomar as devidas providências. "A SME-Natal lamenta o episódio e esclarece, que na ocasião a professora foi atendida na sequência em sua demanda pela diretora do Departamento de Administração Geral. A SME reafirma o respeito às professoras e professores, como também a qualquer cidadã ou cidadão que procura atendimento".
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