Publicado 04/12/2021 09:41
Brasília - Recém filiado ao Podemos, o general Santos Cruz afirmou em entrevista que tanto o ex-presidente Lula (PT) quanto o atual mandatário Jair Bolsonaro (PL) "destruíram a democracia". Na sua visão, "um destruiu a esquerda, o outro destruiu a direita". Na avaliação do militar, um retorno do petista ao Planalto, ou a reeleição do capitão do Exército, seria "um grande retrocesso para o Brasil".
Ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, Cruz passou a apoiar a pré-candidatura de Sergio Moro à presidência da República. De acordo com o general, o apoio ao ex-juiz ocorre "para que o Brasil não fique nesse dilema da polarização".
A ideia de entrar na política, segundo o general, amadureceu após sua saída do governo Bolsonaro. Isso porque, na visão do militar, houve uma tentativa de 'arrastar' as Forças Armadas para as aventuras políticas do atual presidente. "As Forças têm de ser valorizadas, preservadas e não podem ser instrumento de jogo político".
Relacionamento com o Centrão
Ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, Cruz passou a apoiar a pré-candidatura de Sergio Moro à presidência da República. De acordo com o general, o apoio ao ex-juiz ocorre "para que o Brasil não fique nesse dilema da polarização".
A ideia de entrar na política, segundo o general, amadureceu após sua saída do governo Bolsonaro. Isso porque, na visão do militar, houve uma tentativa de 'arrastar' as Forças Armadas para as aventuras políticas do atual presidente. "As Forças têm de ser valorizadas, preservadas e não podem ser instrumento de jogo político".
Relacionamento com o Centrão
Questionado sobre uma possível interlocução com congressistas denunciados, caso seja eleito para a Câmara ou o Senado, Santos Cruz diz que não teria problemas em dialogar com 'figurões' do centrão, como o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
"Ele tem uma função importante na Câmara. Ele representa a Câmara e tem de respeitar a instituição. O problema particular tem de resolver na Justiça. Você não pode adotar posições moralistas e sair julgando quem é bom ou ruim", avalia.
Proximidade com Sergio Moro
Proximidade com Sergio Moro
Em um futuro governo Moro, caso o ex-ministro vença as eleições presidenciais do próximo ano, o general considera que seu candidato terá que estabelecer "parâmetros políticos" nas negociações. "Se eu sou presidente, tenho de dizer: eu não negocio benefícios pessoais nem dinheiro público".
Sobre a característica de 'traídor', atribuído a Moro por políticos próximos à família Bolsonaro, Santos Cruz afirmou, em entrevista à Folha de S.Paulo, que "essa tentativa de transferência de traição não cola".
"O grande traidor deste país se chama Jair Messias Bolsonaro. Ele traiu todas as promessas de campanha. Traiu um país inteiro. Ele falou que era contra a reeleição, mas governa desde o primeiro momento pela reeleição. Não cantaram musiquinha de que o centrão era um bando de criminosos? Ele descaracterizou o Coaf. Ele não prometeu que tinha de acabar com o toma lá da cá? Agora que ele se filiou ao PL, voltou para casa, como ele falou", concluiu.
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