Ciro Gomes, presidenciável, foi alvo de uma operação da PF nesta quarta-feira, 15, por supostas irregularidades no CastelãoJosé Cruz/Agência Brasil
Publicado 16/12/2021 08:52
Após o pré-candidato à presidência da República, Ciro Gomes (PDT), se tornar alvo de uma operação da Polícia Federal, que investiga suposto esquema de corrupção na construção da Arena Castelão, durante as obras para a Copa do Mundo de 2014, a cúpula de seu partido defende que o ex-ministro não concorra às eleições presidenciais do próximo ano.
Segundo a Folha de S.Paulo, a argumentação do grupo é a de que a ação ocorreu em um momento frágil da campanha, em que Ciro aparece nas pesquisas empatado ou atrás do ex-juiz Sergio Moro. Outro ponto seria o clima hostil vivido entre o pré-candidato pedetista e parte da bancada federal na Câmara dos deputados.
Integrantes da alta cúpula do PDT defendem a ideia da sigla não ter um candidato à presidência e, com isso, direcione seus esforços para a eleição dos deputados federais.
O prazo estipulado pelo partido, de maneira informal, é a de que Ciro Gomes precisa atingir 15% das intenções de voto até março. Caso este cenário não ocorra, o candidato poderá sofrer uma debandada em sua base de apoio. Na mais recente pesquisa divulgada, na última terça-feira, 14, o pedetista aparece com 5% dos prováveis votos válidos.
Parte dos membros da sigla na Câmara defendem que, caso o partido permaneça 'rachado' em torno da candidatura de Ciro, o desempenho nas eleições para a bancada federal do PDT poderá ter um resultado pífio. Atualmente, o grupo ocupa 25 cadeiras na Casa.
Há ainda o temor de que, caso o partido não eleja um número satisfatório de deputados na próxima eleição, o PDT não conseguirá fazer frente ao PT, mesmo com uma aliança com siglas de menor expressão no campo progressista.
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