Publicado 29/12/2021 17:11 | Atualizado 29/12/2021 17:13
Quatro funcionários do Grupo Mateus foram presos pela Polícia Civil do Maranhão após manterem um homem negro sob cárcere privado, sofrendo ameaças e tortura psicológica por quatro horas dentro de um almoxarifado de um supermercado da rede em Santa Inês, no interior do estado. O caso aconteceu no último domingo, 26, mas os suspeitos só foram presos no dia seguinte.
A vítima é Raimundo Nonato dos Santos Paulo Júnior, de 35 anos, que teria comprado 2 kg de frango e saía com as compras e a nota fiscal, quando foi abordado pelo segurança do supermercado. Ele contou à polícia que ficou algemado e preso no interior do estabelecimento por cerca de seis horas, algemado com os braços para trás e amarrado com um pedaço de cabo elétrico.
Na ocasião, foram presos os fiscais de prevenção de perdas do supermercado Lucas Rocha e Levi Araújo, o vigilante Willamy Antônio e o subgerente do supermercado, Wellington Rodrigues. Mas, segundo a rede de supermercados, o homem teria "deturpado os fatos".
“Relatamos que a equipe de segurança interna, abortou um caso de furto de inúmeras mercadorias. Foi concedido ao autor, um prazo para que a sua família efetuasse o pagamento das mercadorias, evitando assim, o registro formal da ocorrência. Sem o comparecimento de familiares, o autor foi embora, tendo a empresa recuperado os mais de 30 produtos furtados. Em represália à apreensão, o mesmo registrou boletim de ocorrência, deturpando os fatos e levando informações distorcidas ao delegado de plantão que apurou preliminarmente o caso. Continuaremos à disposição das autoridades para esclarecer o ocorrido”, diz o comunicado.
O Grupo Mateus é uma das maiores redes varejistas de alimentos do país, com dezenas de estabelecimentos no Pará, Maranhão e Piauí. Segundo a Forbes, o dono da rede, Ilson Mateus, é dono de uma fortuna estimada em R$ 20 bilhões.
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