Adolfo Sachsida, novo ministro da pasta de Minas e EnergiaDivulgação

O presidente Jair Bolsonaro trocou a chefia da pasta de Minas e Energia nesta quarta-feira (11). A mudança vem uma semana depois do chefe do Executivo se pronunciar sobre os preços dos combustíveis da Petrobras, estatal ligada a pasta. Segundo a decisão, publicada no Diário Oficial da União (DOU), sai Bento Costa Lima Leite de Albuquerque e Adolfo Sachsida assume como titular da pasta.
Sachsida já integrou a pasta da Economia como assessor especial na equipe de Paulo Guedes. Além de advogado e doutor em economia, o novo chefe da pasta de Minas e Energia também já lecionou na Universidade Católica de Brasília e no Texas, nos Estados Unidos. Questionado pela imprensa sobre a política da mudança de preços da Petrobras, ele afirmou que há medidas que podem abaixar o preço do combustível, mas que isso pode resultar em uma desvalorização da moeda brasileira.
"Se eu criar medidas que gerem receio sobre a consolidação fiscal, risco país sobe, real se desvaloriza, combustíveis sobem. Começa com uma medida para reduzir o preço do combustível, mas é equivocada. Vai ter o resultado contrário. Entendo a demanda do Congresso e da sociedade, mas cabe a nós mostrar que elas não vão ter o resultado esperado."
No Twitter, Sachsida fez uma publicação em agradecimento ao ministro Paulo Guedes e a Bolsonaro. "Agradeço ao Presidente Jair Bolsonaro pela confiança, ao ministro Guedes pela apoio e ao ministro Bento pelo trabalho em prol do país. Com muito trabalho e dedicação espero estar a altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil."

A mudança no Ministério de Minas e Energia ocorre uma live, em que Bolsonaro alegou que o então chefe da pasta, Bento Albuquerque e o presidente da estatal, José Mauro Ferreira Coelho, seriam responsáveis pelo aumento no preço do combustível. Além disso, o presidente disse ainda que a empresa está "quebrando o Brasil".
"Vocês não podem, ministro Bento Albuquerque e senhor José Mauro, da Petrobras, não podem aumentar o preço do diesel. Não estou apelando, estou fazendo uma constatação levando-se em conta o lucro abusivo que vocês têm. Vocês não podem quebrar o Brasil. É um apelo agora: Petrobras, não quebre o Brasil, não aumente o preço do petróleo. Eu não posso intervir", disse.
O presidente disse ainda que o lucro da empresa "é um estupro, é um absurdo”, alegou. Segundo a divulgação do resultado do primeiro trimestre das contas da estatal, a Petrobras teve lucro de R$ 44,561 bilhões.