Por douglas.nunes

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse acreditar que qualquer que seja o governo em 2015 deverá perseguir a meta de superávit primário do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado nesta terça-feira ao Congresso Nacional. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública.

“É claro que há algum grau de imponderabilidade, mas nós consideramos que qualquer governo que estiver no exercício deverá considerar a trajetória de responsabilidade em relação ao superávit primário”, argumentou.

Para o ministro, há recuperação inquestionável do crescimento da economia internacional. Ele lembra as conclusões do encontro do FMI e do Banco Mundial no último final de semana em Washington. Segundo o ministro, a percepção dos participantes foi de melhora nos rumos da economia e superação da crise.

Para Guido Mantega, se o Produto Interno Bruto (PIB) for superior a 3%, índice considerado realista por ele, o governo elevará a meta de superávit primário estimada em 2,5% do PIB. Ele garantiu que será mantido rigoroso controle das despesas.

Além disso, destacou, existe um processo de redução de subsídios, cuja trajetória será mantida. Para ele, com medidas desse tipo, a dívida pública será reduzida, dando mais solidez aos fundamentos econômicos.

Sobre as taxa básica de juros (Selic), atualmente em 11% ao ano, ele concordou que é elevada, mas destacou que é assim que o Banco Central combate a inflação. “O que o Banco Central está fazendo é adequado. Sobre câmbio é difícil prever. Usamos R$ 2,40 no final do período [dezembro]. Mas isso não é objetivo a ser alcançado. É só referência para podermos fazer os cálculos do governo”, explicou.

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