Por douglas.nunes

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, confirmou nesta quarta-feira que a instituição deve receber R$ 30 bilhões do Tesouro Nacional para manter financiamentos do banco em 2014. A previsão é que o montante seja liberado ainda este mês.

O aporte deve ser aprovado pela Medida Provisória 633, aprovada nesta terça-feira, na Comissão Mista do Congresso Nacional e segue para votação no plenário da Câmara.

"Sim, existe esta discussão [da MP], já disse que estes recursos são necessários", declarou Coutinho. Segundo ele, o montante será investido no financiamento de projetos de infraestrutura e apaio à empresas e indústrias. "A sustentação de toda a carteira de projetos do banco requer esta suplementação", reforçou.

O aporte para o BNDES foi um pedido do Ministério da Fazenda e da Casa Civil e deve chegar ao banco ainda este mês. "Esperamos que sim (que seja este mês), antecipou Coutinho, após deixar o Seminário Internacional BNDES 2014- Internet das Coisas: Oportunidades e Perspectivas da Nova Revolução Digital para Brasil.

O presidente do BNDES também voltou a sugerir que o desembolso do banco este ano deve ficar abaixo de 2013 - R$ 190,4 bilhões. "Prefiro não comentar [o desembolso] porque, como sempre tenho dito, isso não é fácil de prever, depende da participação e compartilhamento com o setor privado", explicou, em relação ao cenário econômico, de oferta menor de crédito no mercado privado.

Coutinho ao rebater críticas sobre a política econômica do governo, disse que a oferta de dinheiro ao setor produtivo por meio de juros subsidiados pelo governo, como faz o BNDES, não pressiona a inflação.

"Estamos criando capacidade produtiva, oferta, e esta medida é deflacionária. Você controla a inflação por duas pernas: uma controlando a demanda, e outra aumentando a oferta. Então, temos que aumentar a oferta", afirmou.

Com mais oferta, a tendência é de queda de preços e da inflação, reforçou.

Você pode gostar