Por monica.lima
Fábio Harano%2C um dos presos%2C foi indiciado por associação criminosa%2C porte ilegal de arma de fogo de uso restrito%2C incitação à violência%2C resistência e desobediênciaReprodução

* Por Leonardo Fuhrmann, interino

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público estadual de São Paulo pediu vistas dos processos contra o professor de inglês Rafael Lusvarghi e o estudante e funcionário da USP (Universidade de São Paulo) Fábio Hideki Harano, presos no mês passado, durante os protestos contra a Copa do Mundo. Eles são acusados de participar de atos de vandalismo. Ambos foram indiciados por associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, incitação à violência, resistência e desobediência. Os promotores têm um procedimento em que investigam a destruição de patrimônio público e ameaças à integridade física e à vida de agentes do Estado durante as manifestações. Os dois tiveram habeas corpus negados em liminar pelo TJ-SP e STJ.

A atuação da polícia contra os dois e também nas manifestações de forma geral causa preocupação na Defensoria Pública. No caso dos presos, acreditam que as acusações são genéricas e não foram apresentadas provas da participação de ambos em atos de violência. Sobre o inquérito instaurado em junho do ano passado, temem o uso político do instrumento policial, pela falta de transparência das investigações e por causa da convocação das pessoas para depor em dias em que existem manifestações marcadas. Para a Defensoria, a polícia precisa identificar e neutralizar atos de vandalismo sem ferir o direito de livre manifestação. Seus profissionais estudam inclusive ir à Justiça para garantir o acesso às investigações. Ativista de direitos humanos, o padre Julio Lancellotti testemunhou a detenção de Harano e afirma que as provas foram forjadas.

Multa por greve

O MP paulista também entrou com uma ação civil pública contra o Sindicato dos Metroviários do Estado, pela greve entre os dias 5 e 9 de junho, às vésperas da abertura da Copa, no Itaquerão. Pede a aplicação de uma multa de R$ 354,4 milhões por “danos morais causados à população paulistana”.

Pesquisador explica opção por Lindbergh

Aliado da ex-ministra Marina Silva na criação da Rede Sustentabilidade e amigo do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol), o antropólogo Luiz Eduardo Soares foi a público ontem, pelas redes sociais, para manifestar seu apoio à candidatura de Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio. Secretário de Lindbergh na Prefeitura de Nova Iguaçu e ex-assessor dele no Senado, Soares reafirmou suas críticas ao PT, partido do qual se afastou nos últimos anos. Para justificar a sua decisão, o antropólogo defendeu a gestão do candidato na cidade da Baixada Fluminense e a PEC-51/2013, de autoria do senador, que unifica e desmilitariza as policiais estaduais.

Eleição aproxima antigos adversários

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) tenta retornar ao cargo na chapa do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), candidato ao governo do Ceará. O primeiro apoia o presidenciável Aécio Neves (PSDB) e o segundo, a reeleição de Dilma Rousseff (PT). Quando eram adversários, Jereissati criticou o “poder econômico corruptor de Eunício”. Coincidentemente, os dois são os candidatos mais ricos do País segundo a declaração de bens feita ao TSE. O tucano em primeiro.

Licença dos negócios para disputar o voto

A ausência de Jereissati tem sido percebida nos primeiros atos da campanha de Eunício. O tucano explicou que está se descompatibilizando dos conselhos das empresas de sua família para poder se dedicar integralmente à campanha eleitoral. Eles enfrentam o PT, que conta com o apoio dos irmãos Ciro e Cid Gomes (Pros), antigos aliados de Jereissati.

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